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sábado, 26 de novembro de 2016

POR CAUSA DA FALTA DE REMÉDIOS E MATERIAIS, CADEIRANTES RECORREM À JUSTIÇA EM SANTA CRUZ DO CAPIBARIBE

Dra. Maria Helena, Jefferson Souza, Eduardo Almeida, Rafael Vieira e Fabiano Oliveira

Um grupo de cadeirantes esteve na manhã desta sexta-feira (25) no Fórum de Santa Cruz do Capibaribe para pedir que a Defensoria Pública os represente no sentido de cobrar da Secretaria de Saúde medicamentos e materiais que são indispensáveis no tratamento dos mesmos e que há exatos três meses estão em falta na farmácia do município.

Relatos do que eles e seus familiares passam todos os dias para que consigam materiais essenciais para suas sobrevivências você confere abaixo:
"Faz três meses que a gente procura e não encontra na Secretaria de Saúde os materiais para a nossa sobrevivência do tipo sonda, xilocaína, óleo de girassol, gaze, esses materiais são os que a gente necessita para estarmos em boas condições de saúde. A gente veio aqui no fórum e procuramos os nosso direitos. A doutora já fez o ofício para que a gente leve para a secretaria de saúde dando um prazo de cinco dias para que esses materiais estejam com a gente. Para que a gente possa ter a vida normal novamente", declarou Jefferson Souza.
"Há três meses que a gente vem sem receber esse material completamente, eles ficam entregando de pouquinho e a gente fica se humilhando em um canto e outro. A gente precisa desse material para sobreviver, para poder cuidar de nossa saúde, esse material em falta é complicado. Minha mãe é que corre atrás desses materiais, pois não tenho condições. Ela sempre bate nas farmácias, eles sempre prometem materiais, ficam fazendo a gente rodar atrás e nada, só promessas. Minha saúde fica bastante debilitada e ficamos nesse desconforto", completou Rafael Vieira.
"É difícil a nossa situação. Mais de três meses que  a gente roda atrás. -Vem hoje, vem amanhã, sexta vai chegar e aí não chega- é difícil pra nós. Só sei que penamos muito e agora tivemos que procurar nossos direitos pra nós sobreviver. A gente depende disso aí. Não pode faltar para nós. Nós temos que correr atrás, pois já temos dificuldades, mas temos que correr. É o jeito, pois não tem condições uma coisa dessa. A gente vai no hospital, entregam duas ou três sondas... a gente chega a usar cento e oitenta sondas por mês ... Já fui internado três vezes e estou vendo a hora de ser internado de novo por causa da falta desses materiais", disse Eduardo Almeida.
"A gente não tem condição de comprar a nossa alimentação e também comprar esses materiais para que a gente possa sobreviver. A gente tem que optar, ou compra os materiais ou compra a alimentação. Ficamos entre a cruz e a espada. É questão de vida ou morte. Se não tivermos esses materiais a gente morre. Estamos aqui no Fórum porque antes procuramos a promotoria e já que a secretaria de saúde não resolveu, eles não consideraram, a gente resolveu vir diretamente falar com a defensoria pública pra tentar solucionar o problema. Vamos ver se eles cumprem agora. Se não resolver nós voltamos de novo. Fazemos isso não só por nós, mas por todos os cadeirantes que existem em Santa Cruz do Capibaribe e necessitam desses materiais e com certeza o município não está disponibilizando esse material para essas pessoas", salientou Fabiano Oliveira.
A Defensora Pública Dra. Maria Helena fixou o prazo de cinco dias para que o Secretário Breno Feitosa se manifeste sobre o caso. 


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