.

terça-feira, 29 de novembro de 2016

Atacante do Atlético Nacional diz que time viajou no mesmo avião: ‘Várias vezes paramos para abastecer’

Avião da empresa Lamia onde estava o time da Chapecoense Foto: MATT VARLEY / REUTERS

A tragédia com o avião da Chapecoense, na madrugada desta terça-feira, na Colômbia, poderia ter feito outras vítimas. O atacante Miguel Ángel Borja, do Atlético Nacional, revelou que a equipe colombiana já viajou diversas vezes na mesma aeronave e com o mesmo piloto. O avião pertencia a empresa boliviana Lamia e, segundo o capitão, precisou parar diversas vezes para reabastecer.

Uma das linhas de investigação é justamente a hipótese de que a aeronave sofreu uma pane elétrica causada por falta de combustível.

– É lamentável o que aconteceu, mudou a vida de todos. Nós já viajamos neste avião, conhecíamos até a tripulação. Tomara que agora que isso aconteceu as equipes tenham a consciência de melhorar as condições (de viagem), porque várias vezes paramos para abastecer quando voamos com este avião – disse o artilheiro ao canal colombiano “Kick Off”.

Borja, do Atlético Nacional, lamentou a tragédia com a Chapecoense Foto: Reprodução / Twitter

Borja afirmou que o elenco sentiu medo em viajar no mesmo avião:

– Todos os companheiros, o técnico, a comissão diretiva, nós estamos em reflexão, porque isso não pode passar. Nós viajamos no mesmo avião, com o mesmo capitão, em várias ocasiões. Tivemos medo, porque o avião é muito pequeno, muitas vezes parou em aeroportos para abastecer, porque não alcançaria o destino final. Queremos que a federação, que a Conmebol nos deem mais recursos para viajarmos com mais segurança e comodidade - afirmou.

O avião que levava o time da Chapecoense à Colômbia para a disputa da final da Copa Sul-Americana contra o Atlético Nacional caiu nesta terça-feira. Os sobreviventes são Alan Ruschel, Ximena Suárez Otterburg, Jackson Follmann, Neto e Rafael Henzel. O goleiro Danilo Padilha foi resgatado com vida, mas faleceu no hospital.

O avião caiu na região central daquele país. A aeronave levava 81 pessoas, sendo 72 passageiros e nove tripulantes. Mas quatro passageiros não embarcaram: o prefeito de Chapecó, Luciano Buligon, o presidente do Conselho Deliberativo da Chapecoense, Plínio David de Nes Filho, o presidente da Assembleia Legislativa de Santa Catarina, Gelson Merisio, e o jornalista da rádio Super Condá, de Chapecó, Ivan Carlos Agnoletto.

Com as buscas encerradas, a polícia colombiana informou que 71 corpos foram resgatados no local do acidente e seis feridos, sendo que um deles faleceu – o goleiro Danilo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário