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segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

Candidatura de Eduardo volta à estaca zero

O repórter da revista “Época” Luiz Maklouf Carvalho passou cerca de 1 mês em Pernambuco, entrevistando Deus e o mundo, para traçar o perfil do governador Eduardo Campos, então colocado no tabuleiro como possível candidato a presidente da República em 2014. O propósito da revista era apresentar ao Brasil quem é o governador de Pernambuco, de onde veio e aonde quer chegar, os erros e os acertos do governo, e os motivos que o estariam empurrando para a eleição presidencial.

A edição da revista com o resumo das entrevistas estava sendo aguardada em Pernambuco com grande expectativa, notadamente porque Eduardo Campos vem sendo apontado pela mídia do sul, e não é de agora, como a alternativa política viável ao PT e ao PSDB. Ou seja, ele seria o desaguadouro nas próximas eleições dos eleitores que não querem dar um novo mandato ao PTmas também não gostariam de votar no PSDB por não terem confiança no seu candidato, o senador Aécio Neves.

Contudo, a revista publicou apenas a entrevista feita com o governador na qual ele deixa claro, pela primeira vez, que não pretende ser candidato e que marchará de novo com Dilma em 2014.Textual: “Nós temos de ajudá-la a ganhar 2013, pois ganhando 2013 ela ganhará 2014 (…). Por que não vamos estar com Dilma? Nós rompemos com ela? Saímos do governo? Saímos da base? Você conhece algum programa criado pelo PSB constrangendo alguma decisão da presidente? Não existe nenhum”.

TUDO ISSO É POLÍTICA:
De passagem – Desembarcou sábado no Recife, e daqui seguiu direto para Paulo Afonso (BA) onde residem os pais de sua mulher, o vice-governador de Roraima, Francisco de Assis Rodrigues, que é pernambucano da capital. Ele trocou o PMDB pelo PSB na última quinta-feira.

É missão – Ex-chefe do Estado Maior da PM-PE, o coronel Carlos Alberto Feitosa recebeu com surpresa oconvite do prefeito eleito de Moreno, Adilson Filho (PSB), para implantar o “Pacto pela vida” naquela cidade. E já recebeu dele, anteontem, as primeiras tarefas para executar.

Natal luz – Eduardo Campos esteve sábado em Gravatá com a mulher e os filhos para assistir ao espetáculo “Natal Luz” e foi recebido pelo secretário Alberto Feitosa (turismo) e o presidente da Empetur André Correia. Mas não foram ao camarote do Governo do Estado para dar-lhe as boas vindas nem o atual prefeito Ozano Brito (PSD) nem o prefeito eleito Bruno Martiniano (PTB).

O espaço – Professor da UFPE com doutorado na Inglaterra, o vereador eleito pelo Recife, André Régis (PSDB), acha que há espaço no Brasil para uma candidatura presidencial como a do presidente do STF, ministro Joaquim Barbosa, que poderia até não ganhar a eleição, mas faria um estrago grande. Já o ex-presidente FHC afirma que “política” não é o ramo do ministro.

O quatro – Do deputado Sebastião Rufino (PSB) sobre a pesquisa do Datafolha que apontou Eduardo Campos com 4% das intenções de voto para presidente da República: “Tenho muita fé nesse número 4 porque ele começou a campanha para governador com 4% e ganhou a eleição”.

Cadê ele? – Diferentemente do seu antecessor, Sebastião Oliveira (PR), que dava visibilidade ao seu trabalho na Secretaria dos Transportes, o deputado Isaltino Nascimento (PT) não tem tido essa preocupação. O seu trabalho à frente da pasta pode até sendo eficiente, mas não aparece.

A chefona – O prefeito reeleito Elias Gomes (PSDB) fundiu secretarias e trocou o nome de outras em Jaboatão dos Guararapes, mas o “eixo” do governo não sofrerá alterações. Mirtes Cordeiro, que o acompanha desde o Cabo de Santo Agostinho, onde foi prefeito três vezes, continuará sendo seu 1º ministro: secretária do Planejamento e Coordenação Governamental.

Vingança 1 – O vereador e presidente da Câmara do Recife, Jurandir Liberal (PT), convenceu-se de que o prefeito João da Costa (PT) trabalhou nos bastidores para derrotar três vereadores do PT que não rezam pela cartilha dele: o próprio, Múcio Magalhães e Josenildo Sinésio. Só Jurandir conseguiu escapar.

Vingança 2 – Liberal também guarda mágoa do prefeito por não ter doado à Câmara, conforme havia prometido, um terreno localizado à Avenida Cruz Cabucá onde seria construída a sua nova sede. “Mas doou um terreno à OAB, no Joana Bezerra, para construir a sede dela, cuja doação vamos tentar anular”.

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