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sexta-feira, 24 de outubro de 2014

Julgamento de trio de canibais é cancelado

Júri aconteceria na próxima quarta. Processo se refere a crime cometido em Olinda. Jedson Nobre/Arquivo Folha

Trio esquartejou corpo de adolescente e separou partes do cadáver para consumo. O julgamento de Jorge Beltrão Negromonte da Silveira, da esposa dele, Isabel Cristina Pires da Silveira, e de sua amante, Bruna Oliveira Cristina da Silva, que ficaram conhecidos nacionalmente como “Canibais de Garanhuns”, foi desmarcado pela segunda vez. O júri popular, que aconteceria na próxima quarta-feira (29), é sobre o assassinato de Jéssica Camila da Silva Pereira, de 17 anos, morta por eles em 2008, em Olinda, na Região Metropolitana do Recife. O futuro dos réus seria decidido na última segunda-feira (20), quando houve o primeiro adiamento. A nova data ainda não foi definida.

O cancelamento ocorreu porque o advogado de Jorge e Bruna acabou preso por desvio de verbas públicas quando era prefeito da cidade de Sanharó. Após esse episódio, o homem deve ser atendido por um defensor público, que ainda não foi designado. O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) solicitou ao Tribunal de Justiça (TJPE) mais tempo para que a defesa dos réus estude o processo e encaminhe as alegações finais. Bruna constituiu um escritório de advogados para defendê-la.

Relembre o caso

Em 2008, os réus partiram o corpo de Jéssica em pedaços, guardaram sua carne para consumo humano e ocultaram os demais restos mortais. Além disso, uma das responsáveis pelo crime, Bruna Cristina, assumiu a identidade da adolescente morta e passou a criar a filha da vítima em conjunto com Jorge e Isabel.

Quando morta, Jéssica residia no loteamento Boa Fé-I, em Rio Doce, Olinda. Dentre as infrações que qualificam o crime, estão morte por motivo fútil, com emprego de meio cruel e sem dar chance de defesa à vítima; e ocultação de indícios para obter impunidade.

O trio canibal, na época residente na cidade de Garanhuns, no Agreste do Estado, é suspeito de outros assassinatos na cidade. Lá, a polícia encontrou dois corpos esquartejados enterrados no quintal da casa dos suspeitos. Em depoimento, a mulher de Jorge Beltrão, Isabel Cristina Pires, disse que vendia coxinhas e empadas feitos com a carne das vítimas que matava. A carne era congelada, desfiada e também utilizada para alimentar a família. O processo relativo a esses crimes corre em segredo de Justiça. O julgamento ainda não foi marcado.

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