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quinta-feira, 10 de julho de 2014

Professores do Recife decretam greve



Nesta quarta-feira (09), em assembleia no auditório da FAFIRE, os professores da rede municipal decretaram greve com deflagração para no dia 15 de julho.

Após os informes, foram apresentadas as discussões acerca da negociação com a Prefeitura sobre o PCCR e a aula-atividade.

“No ano passado foi criada uma comissão paritária para a reformulação do PCCR (Plano de Cargos e Carreira). Essa mesma comissão aprovou um PCCR que deveria ir para câmara aprovar, mas não foi isso que ela fez. A prefeitura propôs uma nova comissão para reanálise do PCCR para implantar a meritocracia, ou seja, a Avaliação de Desempenho para Progressão Funcional”.

A professora Regina, há 24 anos na rede, relatou que em determinado momento chegou a utilizar as madrugadas para planejar suas atividades e que tem grande expectativa que a categoria responda favoravelmente ao direito de ter 1/3 da carga horária destinada à aula-atividade.

Cláudia Ribeiro (Coordenadora de Comunicação do SIMPERE) foi incisiva. Ela questionou porque a Prefeitura nunca perguntou quais as necessidades reais da categoria, contudo lançou no gestor em rede a decisão sobre os professores a aula-atividade em forma de tempo ou dinheiro. Para ela esta medida é um ataque para dividir a categoria e fazer com que professores e professoras assinando a favor do abono estejam aumentando a própria carga-horária. “Isso é uma armadilha! Se a Prefeitura tem dinheiro para pagar o abono a toda a categoria, é porque tem dinheiro para fazer um verdadeiro reajuste salarial!”

Graça, também professora da rede, enfatizou que de acordo com o ofício da PCR o abono pode ser retirado a qualquer momento. “Essa medida não garante nada! A unidade da categoria é fundamental para a implementação da aula-atividade”.

Elaine, também professora, ressaltou a necessidade do conjunto da categoria e da Prefeitura do Recife respeitar as decisões coletivas, que a assembleia é o espaço para discutir e que essa decisão já havia sido tomada. “Nós votamos a favor do tempo! Queremos a aula-atividade!”

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