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domingo, 20 de julho de 2014

Ele é 'a chave do tamanho'



Carlos Brickmann

Dilma está muito na frente, mas em risco; Aécio cresceu pouco, mas se chegar ao segundo turno pode ameaçar a favorita; Eduardo Campos está lá embaixo nas pesquisas, com menos de dez pontos (contra 36 de Dilma). Mas é ele a chave das próximas eleições presidenciais. Se Campos continuar encalacrado, com baixas porcentagens, aumenta muito a possibilidade de vitória de Dilma.

Os cálculos oposicionistas não levam em conta apenas as pesquisas, mas também a origem dos votos de cada candidato. Em 2010, contra José Serra, Dilma teve 14,5 milhões de votos de vantagem no primeiro turno.

Imagina-se que, agora, a votação da presidente seja corroída em lugares importantes: na Bahia, onde ACM Neto tem prestígio e apoia Aécio; no Ceará, onde o candidato favorito Eunício Oliveira está com a presidente mas sem entusiasmo, e aliado ao tucano Tasso Jereissati, que é Aécio; em Pernambuco, onde Eduardo Campos tem força; no Rio, onde ninguém ainda sabe direito quem está com quem; e em Minas, a fortaleza de Aécio.

Nesses Estados, em 2010, Dilma teve vantagem de pouco mais de 10 milhões de votos. Mesmo que toda essa diferença fosse anulada, ainda faltariam votos à oposição - votos que, esperava-se, Eduardo Campos lhe tiraria no Nordeste. O problema é que quem está se derretendo é Eduardo. Alguns de seus votos podem ir para Aécio, mas, no Nordeste, a maioria vai para Dilma.

Aécio deve crescer em São Paulo, com Alckmin, e no Rio Grande do Sul, com Ana Amélia, PP. 

Mas a chave do tamanho da oposição é Eduardo Campos.

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