.

sexta-feira, 17 de outubro de 2014

Coluna da sexta-feira, por Magno Martins



Deputados deixam o PR

Na última segunda-feira, numa nota nesta coluna, cantei a pedra ao informar que o deputado federal Inocêncio Oliveira, ao decidir pelo apoio ao candidato do PSDB à Presidência da República, Aécio Neves, iria perder o comando do Partido Republicano no Estado, que controla desde que deixou o DEM.

Ontem, num comunicado seco e sem explicações por um burocrata do PR em Brasília, Inocêncio soube da intervenção federal, perdeu o diretório estadual e contou apenas com a solidariedade dos seus aliados, com exceção do federal reeleito Anderson Ferreira, que assume o partido.

“Foi um golpe”, reagiu o deputado federal eleito Sebastião Oliveira, sucessor de Inocêncio na Câmara Federal. Ontem mesmo, o deputado federal eleito Sebastião Oliveira convocou o grupo ligado a Inocêncio para uma reunião. No encontro se discutiu uma estratégia para o enfrentamento.

O mais inusitado neste episódio é que Anderson Ferreira, o agora algoz de Inocêncio, acaba de ser reeleito pela Frente Popular, que votou fechada com a candidatura de Marina Silva. Beneficiário do chapão, Ferreira, para ficar com o controle do partido, deve, certamente, ter assumido com a direção nacional o compromisso de votar em Dilma.

A intervenção, decidida em Brasília, foi tomada diretamente pelo presidente Alfredo Nascimento, ex-ministro dos Transportes de Lula, e pelo senador Antônio Carlos (SP), suplente da senadora Marta Suplicy, licenciada e ocupando o Ministério da Cultura. Mas Inocêncio vai reagir.

Os deputados Sebastião Oliveira, Alberto Feitosa, Henrique Queiroz e Rogério Leão, reunidos, ontem, anunciam, hoje, em coletiva, que deixarão o partido em solidariedade a Inocêncio. Anderson tende a ficar isolado, porque outras lideranças republicanas, como os 17 prefeitos, 214 vereadores e 52 vice-prefeitos não aceitam a rifada em Inocêncio nem tampouco serem subordinados ao interventor.

DESESPERO? – O tom mais agressivo da candidatura Dilma, nos debates e no horário eleitoral da TV, segundo o presidente do PSDB mineiro, deputado Marcus Pestana, seria um indício de desespero dos petistas. Mesmo que o Datafolha tenha detectado aumento na rejeição de Aécio, os tucanos dizem que Dilma partiu para a apelação ao abordar questões da vida privada do candidato e de seus familiares.


Na mira– O senador eleito Tasso Jereissati (CE) e o prefeito Arthur Virgílio (Manaus) estiveram na mira do ex-presidente Lula em 2010. Agora, seus amigos dizem que ele quer derrotar os herdeiros de Eduardo Campos em Pernambuco, segundo relata de Brasília o bem informado colunista Ilimar Franco, de O Globo.


Manifesto – Um grupo de economistas divulgou um manifesto em que ressaltam o bom momento vivenciado pelo Brasil atualmente e declarando voto à presidente Dilma. Entre os acadêmicos, estão Luiz Gonzaga Belluzzo, Luiz Carlos Bresser-Pereira, Márcio Pochmann, Maria da Conceição Tavares e Ladislau Dowbor, entre muitos outros, além dos ministros Guido Mantega, Aloizio Mercadante e senador Eduardo Suplicy.

Leviandade – O senador eleito Fernando Bezerra (PSB) classificou de "levianas e mentirosas" as informações de que teria intermediado recursos para a campanha de Eduardo em 2010. “A apuração dos fatos pela Polícia Federal e pelo Ministério Público, com absoluta certeza, mostrará que as declarações são caluniosas e que elas têm cunho puramente político".


Ato ditatorial – O deputado federal eleito Sebastião Oliveira (PR) condenou, ontem, a intervenção federal no diretório estadual do seu partido, afastando o deputado Inocêncio Oliveira do comando da legenda. “Isso é inaceitável, típico do regime ditatorial, mas não vamos recuar no apoio a Aécio Neves”, afirmou.

CURTAS

NO DEBATE– O governador eleito Paulo Câmara (PSB) acompanhou, ontem, ao vivo, o debate entre Dilma e Aécio no SBT em companhia do irmão do ex-governador Eduardo Campos, advogado Antônio Campos. Eles foram convidados pelo candidato tucano.

CARA A CARA– Aécio tem encontro, hoje, em São Paulo, com Marina Silva, para afinar o discurso de enfrentamento a Dilma. É a primeira conversa formal após o anúncio oficial do apoio da ex-senadora à candidatura do tucano ao Palácio do Planalto.

Perguntar não ofende: Dá para confiar em pesquisas depois do que ocorreu no primeiro turno?

"Como ribeiros de águas assim é o coração do rei na mão do SENHOR, que o inclina a todo o seu querer". (Provér-1)bios 21

Nenhum comentário:

Postar um comentário