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segunda-feira, 20 de outubro de 2014

Debate da TV Globo deverá decidir a eleição



Os candidatos à Presidência da República Aécio Neves (PSDB) e Dilma Rousseff (PT) vão se enfrentar pela última vez na próxima sexta-feira (dia 24) nos estúdios da Rede Globo, no Rio de Janeiro, antes do segundo turno da eleição presidencial.

O debate, que será mediado pelo jornalista William Bonner, âncora do Jornal Nacional, poderá decidir a eleição, que está tecnicamente empatada entre os dois candidatos.

A Globo faria também entrevistas separadas com os dois candidatos. Mas como não houve acordo sobre as regras entre as assessorias dos dois postulantes, a emissora as cancelou.

No debate de domingo à noite na TV Record, a troca de acusações foi em tom muito mais ameno que no debate do STB na quinta-feira da semana passada.

A corrupção na Petrobras foi o tema central das discussões, que passou também por temas como segurança, saúde, inflação e distribuição de renda.

No debate da Record, Aécio perguntou a Dilma se ainda confiava no tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, apontado por Paulo Roberto Costa como um dos operadores do esquema de corrupção da Petrobras, já que a candidata à reeleição reconheceu publicamente que houve desvios na estatal.

Dilma respondeu o seguinte: “Eu sei que há indícios de desvio de dinheiro, eu não sei quanto foi e quem foi. A parte que o senhor tinha de complementar é que eu disse que iria investigar assim que o MP (Ministério Público) e o STF (Supremo Tribunal Federal) divulgassem suas conclusões. (A propósito), o senhor não respondeu onde estão os corruptos dos trens e do metrô (de São Paulo). Sou a favor da punição, doa a quem doer”.

A candidata do PT lembrou também que Sérgio Guerra (PE), ex-deputado federal e presidente nacional do PSDB, também teria recebido propina do mesmo esquema para abortar a CPI da Petrobras em 2009. Além disso, acrescentou, os tucanos engavetaram 271 processos de investigação sobre corrupção.

Aécio replicou com essas palavras: “A senhora confia no seu tesoureiro. Fico preocupado com o cargo dele em Itaipu, onde ele tem um crachá e livre trânsito. Faltou governança no seu mandato”.

Na tréplica, Dilma disse o seguinte: “Eu não faço isso (engavetar), candidato. Eu investigo”.

Aécio disse, então, que o Brasil tem instituições que investigam os malfeitos. E que se tucanos não foram parar na cadeia, como os petistas do mensalão, é porque não houve provas contra o seu partido.

Aécio novamente: “O que não pode é a senhora achar que a denúncia é verdadeira quando envolve o meu partido, e não (verdadeira) quando envolve dinheiro para campanha de Gleisi Hoffmann (PT-PR)”.

Gleisi, candidata derrotada ao Governo do Paraná, teria recebido R$ 1 milhão do esquema da Petrobras, segundo versão atribuída ao doleiro Alberto Yousseff, braço direito de Paulo Roberto Costa na corrupção da estatal. (Inaldo Sampaio)

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