 |
| Foto: Divulgação |
Uma operação conjunta da Polícia Federal e do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis - Ibama, realizou a apreensão na tarde desta quarta-feira (09), de centenas de produtos indígenas que estavam sendo comercializados na Feira Nacional de Negócios do Artesanato (FENEARTE), em Olinda. Dentre os itens apreendidos estavam cerca de 50 cocares, além de Canetas, palitos de prender cabelo, pulseiras, colares e brincos com penas de araras e outros animais da fauna brasileira.
O fiscal do Ibama, Amaro César, contou que a operação Moda Triste, existe há alguns anos e visa coibir o comércio de artesanato e decoração que utilizam partes de animais silvestres e nativos. Ele disse ainda que a feira de negócios não tem ligação com a iniciativa. “Na Fenearte foi a primeira vez que encontramos produtos irregulares, mas a feira não deve ser responsabilizada”, disse.
 |
| Foto: Divulgação |
A índia da tribo Xucuru, Flávia Jaciriê, relatou que várias etnias de vários estados, foram prejudicadas dando como exemplo a Fulni-ô, Pankararu e Patachó. “Fecharam a rua [via de acesso na feira] do estande. Fomos tratados como bandidos, como se a gente tivesse fazendo coisa errada. Levaram cocar, bracelete, brincos. Nós somos quem mais defende a natureza. Essas penas caem, a gente apanha”,justificou a indígena.
Após a apreensão, o advogado dos Direitos Humanos, Marcelo Santa Cruz, acompanhou os índios à Procuradoria da República, mas segundo ele, não conseguiu contatar nenhum responsável do governo."A Polícia Federal e o IBAMA, cometeram hoje na FENEARTE, agressão ao povo indígena quando de maneira violenta, confiscaram seus cocais e adereços artesanais na 15ª edição do evento. Eu acompanhei os indígenas até a Procuradoria da República, como advogado dos Direitos Humanos. O pior de tudo é que não consegui contatar ninguém do governo!", declarou, Marcelo.
Com informações do G1
Nenhum comentário:
Postar um comentário