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sexta-feira, 26 de maio de 2017



Quem vai negociar a renúncia de Temer?

Jarbas Vasconcelos poderia tentar convencer o presidente Michel Temer a renunciar ao mandato

Inaldo SampaioFoto: Colunista (foto ao lado)

Já é quase consenso no Congresso que o presidente Michel Temer perdeu as condições de governabilidade e sairá do governo pela renúncia, pela cassação da chama Dilma/Temer (por parte do TSE), ou pelo impeachment. Tanto a cassação como o impeachment seriam processos demorados, que só agravariam a crise política, com reflexos inevitáveis na crise econômica. Então, a solução menos traumática seria a renúncia, hipótese que o presidente já descartou. 

No entanto, eventual saída pela renúncia não dependeria apenas de sua vontade, mas sobretudo das circunstâncias e essas lhe são desfavoráveis. O que falta no cenário político são lideranças capazes de convencê-lo a tomar esta decisão. Mas isso ainda poderá ser feito por Jarbas Vasconcelos, Pedro Simon, Fernando Henrique, Geraldo Alckmin, José Serra, Tasso Jereissati, Cristovam Buarque e Rodrigo Maia. Se esses oito apertá-lo, dificilmente ele se sustentará. 

O preço da boa política
Sílvio Costa (PTdoB) foi destituído de uma das vice-lideranças da Oposição na Câmara Federal porque estava fazendo a boa política, contrariando a orientação do líder José Guimarães (PT-CE). Ele caiu em desgraça porque discordou da “palhaçada” que a bancada da oposição protagonizou na última 4ª feira: invadiu a mesa diretora para tentar suspender a sessão no grito.

Exclusão : O Diário Oficial da União publicou ontem portaria assinada pelo ministro Raul Jungmann (Defesa) excluindo do quadro de agraciados com a “Medalha da Vitória” os ex-deputados José Genoíno (PT) e Valdemar Costa Neto (PR, ambos condenados no mensalão.

Força : Pela credibilidade e prestígio de que desfruta na sociedade, a OAB acaba de dar um “soco” no estômago do governo Temer ao protocolar o pedido de impeachment do presidente da República. A ação teve o respaldo de todas as secções regionais, à exceção da do Acre.

Passividade : As Polícias Estaduais precisam passar urgentemente por um treinamento para aprender, pelo menos, conter a ação de vândalos em manifestações de rua. O que se viu no DF anteontem (depredação da sede de 8 ministérios) já tinha sido visto em SP nas passeatas contra Dilma.

Violência : Este ano, já foram assassinadas em Pernambuco 2.226 pessoas, média de 17 por dia. A bancada da Oposição na Alepe diz querer “colaborar” com o governo Paulo Câmara para enfrentar essa questão e tem como fazer isto: basta não “eleitoralizar” o debate nem fazer demagogia com esses números.

Chuteiras: Joaquim Francisco (PSDB) foi homenageado ontem na Câmara do Recife pelos seus 45 anos de vida pública (começo como secretário do Trabalho no governo de Moura Cavalcanti, com pouco mais de 20 anos), mas não pendurou as chuteiras, não. Em 2018 estará na disputa por uma vaga na Câmara Federal.

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