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sexta-feira, 26 de setembro de 2014

Cleyton Eliel é condenado a mais de 16 anos por ter assassinado ex-mulher


EXCLUSIVO – O assassino confesso Cleyton Eliel Braz Feitosa, que matou a ex-companheira Vilma Soares dos Santos, conhecida como ‘Vilma de Zé Biroba’, de 31 anos, foi condenado na tarde desta quinta-feira (25) a 16 anos e 4 meses de prisão em regime fechado. A sentença foi proferida pelo Juiz Max Nunes, durante um júri realizado na cidade de Prata, que durou mais de 6 horas. Ele matou a vítima com 5 tiros após persegui-la na zona rural de Monteiro no último dia 11 de dezembro de 2012. A vítima tinha um filho de dois anos com o assassino.

A defesa apresentada pelo advogado Inácio Maracajá acabou sendo aceita, e a pena foi reduzida no caso de homicídio privilegiado, mas os jurados condenaram as demais qualificações: motivo cruel e por meio que tornou impossível a defesa da vítima. Em contato com o Cariri Ligado, o advogado disse que a linha de defesa definida antes do julgamento foi mantida, a de que o ‘amor mata’, e que já recorreu da sentença do magistrado. O corpo de jurados foi formado por quatro mulheres e três homens.

A delegada Vanderléia Gadi, que comandou as investigações do caso, disse que a justiça foi feita e que agora Cleyton Eliel vai pagar pela crueldade que cometeu contra uma mulher indefesa. Ela reafirmou que este foi o crime mais chocante no qual já trabalhou. “Como profissional e mãe, foi o crime mais chocante no qual já trabalhei, pois além de tudo ainda ficou uma criança sem mãe”, disse a delegada.

Relembre o caso

Segundo informações da Polícia, Vilma teria se dirigido na manhã do crime à 5ª Superintendência Regional da Polícia Civil, em Monteiro, buscando informações a cerca de um processo baseado na Lei Maria da Penha, já instaurado contra Cleiton no ano de 2011, e chegou a comentar na Delegacia que iria no Fórum da cidade para dar entrada numa ação de pensão alimentícia, já que tinha um filho de 2 anos com o acusado e ele nunca havia prestado assistência.

Populares do Sítio Santa Catarina, localizado na zona rural de Monteiro, afirmaram que Cleiton passou parte da manhã num bar da localidade e tomou apenas uma cerveja, como se estivesse apenas passando o tempo, quando Vilma passou de moto, vindo de Monteiro, em direção ao sítio de seu pai.

Minutos depois, ela passou na garupa de uma moto com uma amiga e uma criança pequena entre as duas, que iam em direção a um galpão da comunidade no Sítio da Matarina, onde funciona uma escola profissionalizante de corte e costura para as mulheres da comunidade.

Foi quando Cleiton a seguiu num corsa sedam prata, de placas não identificadas e obrigou a jovem que conduzia a moto a parar e correr com a criança, “se não quisesse morrer também” e desferiu 5 disparos de arma de fogo contra a vítima e fugiu em direção à BR 412. O SAMU chegou a ser acionado até o local, mas constatou que a vítima já estava em óbito.



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