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quinta-feira, 25 de setembro de 2014

VATICANO MANDA PRENDER FIGURÃO DA IGREJA CATÓLICA POR PRÁTICA DA PEDOFILIA


CIDADE DO VATICANO – O Vaticano anunciou nesta terça-feira a prisão de Jozef Wesolowoski, ex-arcebispo acusado de pagar para fazer sexo com crianças quando servia como embaixador papal na República Dominicana. É o primeiro caso de prisão por pedofilia na cidade-estado sede da Igreja Católica.

Em comunicado, o Vaticano informa que o polonês Wesolowski foi deposto por um tribunal em junho e colocado em prisão domiciliar, à espera de um julgamento criminal. Aos 66 anos, o ex-arcebispo é a mais figura mais proeminente da Igreja a ser preso desde Paolo Gabriele, mordomo papal condenado em 2012 por roubo e vazamento de documentos privados do papa emérito Bento XVI.

Ao contrário de Gabriele, Wesolowaski não está detido na prisão do Vaticano, que se resume a alguns quartos anexos ao tribunal local, mas em prisão domiciliar em um apartamento, por motivos médicos.

Wesolowski retornou ao Vaticano no ano passado, enquanto ainda servia como diplomata em Santo Domingo. Ele foi dispensado de suas funções após a imprensa dominicana divulgar casos de pedofilia. O ex-arcebispo vivia livremente em Roma, mas as vítimas de abuso pediram por sua prisão, temendo que ele pudesse fugir.

O ex-arcebispo pode ser condenado a até 12 anos de prisão no primeiro julgamento a ser realizado dentro da Cidade do Vaticano por abuso sexual. Wesolowski também está sendo investigado na República Dominicana pelas acusações de que meninos foram pagos para realizar atos sexuais. Ele serviu na República Dominicana como núncio, ou embaixador, mas já possui imunidade diplomática.

O Vaticano disse que a prisão refletiu os desejos do Papa Francisco "que um caso grave e delicado como tal deve ser tratado sem demora, com a justiça e o rigor necessários".

Francisco, o primeiro papa não-europeu em 1.300 anos, prometeu tolerância zero contra os clérigos católicos que abusam sexualmente de crianças. Em maio, ele chamou tais abusos como "crimes horríveis" e os comparou a "uma missa satânica". Em julho, disse a vítimas que a Igreja deve "chorar e fazer reparação" pelos crimes. (Fonte: O Globo).

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