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segunda-feira, 8 de junho de 2015

E VALEU O VOTO !

Emenda de Diogo Moraes bancou show de Garota Safada em vaquejada organizada por deputado correligionário, aponta TCE

  Show teria acontecido na cidade de Água Preta e serviu para promoção eleitoral de João Fernando Coutinho

O cartaz de divulgação da vaquejada promove o nome do deputado João Fernando



O deputado estadual Diogo Moraes (PSB) está sendo citado em investigações sobre a “farra das emendas parlamentares para shows”, descoberta pela equipe técnica do Tribunal de Contas de Pernambuco. Os detalhes sobre o relatório foram destacados em reportagem do Jornal do Commercio, neste domingo (07).

Segundo o TCE, quase R$ 25 milhões em emendas apresentadas por deputados estaduais pernambucanos foram destinadas a shows que serviram para promoção pessoal no ano eleitoral de 2014, entre os meses dejaneiro e junho.

Entre os “achados” da equipe técnica do Tribunal está a emenda parlamentar 269/2013, de autoria de Diogo Moraes, no valor de R$ 150 mil, que serviu para pagar um show da Banda Garota Safada na 10ª Vaquejada dos Amigos, realizada na Fazenda Santa Helena, na cidade de Água Preta.

O evento foi organizado pelo na época deputado estadual, hoje na Câmara Federal, João Fernando Coutinho (PSB), à época primeiro secretário da ALEPE, cargo hoje ocupado por Diogo. A Fazenda Santa Helena, onde aconteceu o show, é de propriedade da família do prefeito Eduardo Coutinho.

De acordo com as investigações do TCE, a vaquejada teria servido para promoção pessoal, com objetivo de impulsionar o nome do deputado João Fernando Coutinho, que meses depois foi candidato a deputado federal. O nome do deputado aparece no material de divulgação da festa e foi citado constantemente pelos apresentadores do evento.

Outros três shows no valor de R$ 95 mil foram pagos com emendas de outros deputados.

Empetur diz que não houve ilegalidade


Nos autos do relatório do TCE, a Empetur, órgão estadual vinculado a Secretaria de Turismo, defende que não houve ilegalidade quanto às aparições de deputados e prefeitos em eventos bancados com recursos públicos.

O órgão argumenta que a Constituição autoriza a propagação de conteúdo informativo, educativo, e de orientação social, vedado à veiculação da imagem do agente através da inclusão do seu nome e símbolos que promovam o enaltecimento pessoal de sua autoridade. “A divulgação do trabalho do administrador público não caracteriza a promoção pessoal, o cumprimento as autoridades presentes também não”, defende.

Vaquejada aconteceu em janeiro de 2014

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