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quinta-feira, 13 de julho de 2017

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Veja - Após a condenação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva a 9 anos e 6 meses de prisão pelo juiz federal Sergio Moro, nesta quarta-feira, a força-tarefa da Operação Lava Jato em Curitiba informou que vai recorrer da sentença para que as penas dos réus, incluindo Lula, sejam aumentadas.

“A força-tarefa informa que vai recorrer da sentença, manifestando a sua discordância em relação a alguns pontos da decisão, inclusive para aumentar as penas”, escreveu o grupo, coordenado pelo procurador da República Deltan Dallagnol.

Apesar de comunicarem a intenção de recorrer, os investigadores do Ministério Público Federal afirmam que a sentença assinada por Moro “ostenta robusta fundamentação fática e jurídica, tendo analisado todo o enorme conjunto de provas apresentadas na denúncia e nas peças das defesas”.

Para rebater as alegações da defesa do ex-presidente e de integrantes do Partido dos Trabalhadores de que a condenação se deu apesar da falta de provas e reflete “perseguição política” de Moro contra Lula, a força-tarefa da Lava Jato enumera como evidências reunidas na investigação que culminou na sentença “centenas de documentos, testemunhas, dados bancários, dados fiscais, fotos, mensagens de celular e e-mail, registros de ligações telefônicas e de reuniões, contratos apreendidos na residência de Lula”.

Conforme os procuradores, “a sentença não só reconheceu que o ex-presidente recebeu o valor correspondente ao triplex e as reformas feitas nele a título de pagamento de propinas pela OAS, que totalizaram mais de 2 milhões de reais, mas também que o ex-presidente Lula é responsável pelo esquema de corrupção na Petrobras”.

Ao apresentar a denúncia contra Lula nesta ação, em setembro de 2016, Deltan Dallagnol gerou polêmica ao se valer de uma apresentação em PowerPoint para acusar o petista de ser o “comandante máximo” do petrolão sem, no entanto, denunciá-lo formalmente pelo crime de pertinência à organização criminosa.

No comunicado divulgado nesta quarta-feira, os procuradores afirmam que o MPF é uma “instituição é apartidária, técnica e busca investigar e responsabilizar todas as pessoas envolvidas em atos de corrupção, além de devolver aos cofres públicos os valores desviados nesse gigantesco esquema criminoso”.

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