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quarta-feira, 26 de junho de 2013

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Fortes sem apadrinhamento

Amando Monteiro Neto (PTB) e João Paulo (PT), que aparecem empatados tecnicamente na primeira pesquisa para o Governo do Estado, com 25% e 23%, respectivamente, têm uma faceta em comum: se afirmam e se projetam para uma eleição majoritária sem apadrinhamento político.

Armando controla um partido, no caso o PTB, e como diz lá no Sertão, amarra o seu jegue onde quiser. João Paulo, por sua vez, embora filiado ao PT, não tem o controle do partido no Estado. Seus percentuais de intenção de voto se traduzem de fato pelo histórico de prefeito do Recife por duas vezes, tendo elegido um poste ao final do segundo mandato, no caso o ex-prefeito João da Costa, com quem rompeu.

Nem Armando nem João alimentam expectativas de contar com o apoio do governador Eduardo Campos. A tendência do PSB, por controlar o Estado há sete anos, é entrar na disputa com candidato próprio. Mesmo que Eduardo recue do seu projeto presidencial, as chances dele apoiar João Paulo para governador são remotíssimas.

O mesmo vale para Armando, que na eleição para prefeito do Recife se aliou ao candidato do PSB, no caso o prefeito Geraldo Júlio, de olho no apoio de Eduardo à sua candidatura a governador em 2014.

Mas se a fórmula de candidato próprio do PSB vale para descartar João Paulo, igualmente deve ser usada para justificar o não alinhamento ao projeto majoritário de Armando. Se prevalecer à tese do apadrinhamento o nome que vier a ser abençoado pelo ex-presidente Lula tem tanta chance quanto ao que vier a ser apoiado por Eduardo.

Porque a pesquisa aponta que 47% dos entrevistados podem votar num candidato indicado por Lula contra 37% em relação ao nome apontado pelo governador. Se Eduardo é um cabo eleitoral poderoso, pelos números atestados na pesquisa Lula não fica nada a desejar, um cenário que promete grandes emoções.

Pesquisa para senador – Hoje, na última etapa de divulgação das pesquisas encomendadas pelo blog ao Instituto Opinião, postaremos o cenário para senador da República. Nas eleições do ano que vem, estará em disputa apenas uma vaga, hoje ocupada por Jarbas Vasconcelos, candidato à reeleição. Jarbas trabalha com a hipótese de contar com o apoio do governador Eduardo Campos, com quem se aliou no pleito passado em apoio ao prefeito Geraldo Júlio.


No caminho certo - Bater de frente contra o aumento da luz tem dado dividendos políticos extraordinários para o deputado Eduardo da Fonte, presidente estadual do PP. Cotado para disputar o Senado, Da Fonte comemorou, ontem, o fato de seu nome ter aparecido com 1,6% na pesquisa espontânea para governador, mesmo percentual de Jarbas.

Volta por cima - Com exceção de João da Costa, Fernando Ferro e o presidente do diretório municipal, Oscar Barreto, o PT festejou os números do deputado João Paulo na pesquisa para governador do Instituto Opinião, contratada com exclusividade por este blog. Até porque João estava sendo considerado morto politicamente, em razão de ter sido o vice de Humberto no Recife.

O melhor, mas impedido - A pesquisa mostrou que o nome mais forte do PSB para entrar na disputa pelo Governo do Estado é o do prefeito Geraldo Júlio, que aparece com 7,5%. O problema é que o governador errou na escolha do vice de Geraldo. Luciano Siqueira, além de ser do PCdoB e não do PSB, é visto como uma pessoa não confiável para assumir o cargo numa renúncia de Geraldo.

Já gorou - A presidente Dilma recuou rapidamente na proposta maluca da convocação de um plebiscito para uma constituinte exclusiva sobre reforma política. Além de inconstitucional, a proposta é inadequada. Reforma política se faz emendando a Constituição e já tramita uma penca de projetos no Congresso. O que falta é decisão política para fazer andar. Nada mais!

CURTAS

Estilo Dilma – A presidente Dilma não consultou nem comunicou nenhum deputado ou senador sobre o plebiscito para convocar uma Constituinte para promover a reforma política. Tomou a decisão com o núcleo duro do governo no fim de semana. E por isso mesmo se deu mal.

Gostou – O prefeito de Petrolina, Júlio Lóssio (PMDB), se animou com os percentuais entre 2,5% e 3% na pesquisa do Instituto Opinião para governador. “Nunca disse que seria candidato e tenho fincado raízes em minha cidade, sem cumprir nenhum tipo de agenda de pré-candidato”, disse.

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