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segunda-feira, 3 de novembro de 2014

Coluna da segunda-feira




Aécio é mais competitivo

O PSDB não tem que ficar inventando candidaturas para 2018. O candidato mais competitivo no partido ainda é o senador Aécio Neves, sem tirar os méritos do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin. Dentre todos os tucanos foi Aécio que ameaçou tirar o PT do poder, dividindo o Brasil ao meio.

Novo, talentoso, preparado e com uma resistência dialética impressionante, Aécio só não ganhou de Dilma porque pecou em Minas, sua principal base, logo no primeiro turno ao tentar ressuscitar uma múmia para governador, no caso o ex-ministro Pimenta da Veiga.

Alguém pode argumentar que Eduardo Campos também tirou nomes do bolso do colete. É verdade, mas tem um diferencial: nem Geraldo Júlio, prefeito do Recife, nem Paulo Câmara, governador eleito, representam uma volta ao passado, São inovações, fichas limpas, diferentes de Pimenta.

Mesmo bombardeado por acusações no chamado mensalão mineiro, Pimenta foi mantido no jogo, em nenhum momento Aécio admitiu substitui-lo, ou seja, subestimou a Inteligência mineira. E deu no que deu! Com a eleição de Fernando Pimentel, o PT sedimentou as bases para a vitória de Dilma.

Aécio, entretanto, ainda é maior do que Alckmin para 2018. O governador de São Paulo, que já enfrentou Lula e provocou um segundo turno na disputa presidencial, passou a ter seu nome ventilado na disputa presidencial daqui a quatro anos pela sua fantástica reeleição.

Bateu o PT e todos os concorrentes no primeiro turno, apesar da seca, fenômeno novo em São Paulo e que chegou a ser nacionalizado por Dilma nos dois últimos debates com Aécio. Alckmin, entretanto, é um famoso picolé de chuchu, pode encantar São Paulo, mas está longe de ter o charme e o carisma de Aécio, predicados que somam e muito numa disputa presidencial.

EQUIPE– Com a volta ao batente esta semana, depois de prestigiar em Roma a apresentação da orquestra cidadã dos Meninos do Coque para o Papa, o governador eleito Paulo Câmara (PSB) começa a montar o seu secretariado, que já tem alguns nomes certos, como José Francisco Neto, seu curinga, que tanto pode ir para a Fazenda quanto para a Casa Civil.


Vai continuar– Dos atuais secretários, Paulo Câmara deve manter Aldo Santos na pasta da Agricultura. Além de competente, articulado e conhecedor da área, Santos tem inserção nos movimentos sindicais, que respaldam a sua indicação. Aldo foi recentemente eleito para compor a nova direção do PSB em Pernambuco. O perfil deste competente secretário tem oxigenado muitas prefeituras e assossiações para alavancar a agricultura familiar nos mais longínquos rincões do nosso Estado. " FICA ALDO".

Turbulências na Alepe– A maior dor de cabeça do governador eleito será a escolha da nova mesa diretora da Assembleia Legislativa. Guilherme Uchôa, atual presidente, sonha com o quinto mandato e já está em plena articulação. Para rifá-lo, Câmara tem um argumento básico: o cargo vai ser ocupado pelo critério da proporcionalidade, cabendo ao PSB.

Estilo Dilma– Integrantes da base, falando sobre a reforma ministerial, dizem que é preciso aprender com a experiência. Toda vez que empurram um nome que não agrada à presidente, ela até nomeia, mas põe um executivo para ficar de babá do titular, segundo revela de Brasília o companheiro Ilimar Franco, de O Globo.


Inocêncio de volta– Apesar de não ter concorrido à reeleição, o deputado Inocêncio Oliveira tem chances de retomar o comando do PR em Pernambuco, perdido num golpe desleal do deputado Anderson Ferreira. A decisão sai em reunião da cúpula nacional do partido com as lideranças estaduais na próxima quarta-feira, em Brasília.

CURTAS

JANTAR– O vice-presidente Michel Temer promove jantar de confraternização com os senadores e os deputados do PMDB, amanhã, em Brasília, no Palácio Jaburu. Quer afinar o discurso para indicação de cargos e as eleições para o Senado e Câmara.

NA PETROBRAS– O governador da Bahia, Jaques Wagner, é o nome preferido do PT para presidir a Petrobras no atual momento de crise, segundo informa o jornal Valor Econômico em reportagem publicada no último fim de semana.

Perguntar não ofende: Qual vai ser o legado de João Lyra?

'O Senhor fez todas as coisas para atender aos seus próprios desígnios, até o ímpio para o dia do mal'. (Provérbios 16-4)

Escrito por Magno Martins, às 06h00

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