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domingo, 3 de agosto de 2014

PF fiscaliza motos em competições off road


No último domingo a PF esteve averiguando documentos de motos de competições em evento no estado do Mato Grosso do Sul.

Durante a operação diversas motos foram apreendidas, algumas por estarem sem Nota Fiscal e outras para averiguação.

Segundo informações recebidas em nossa redação, a operação deve continuar expandindo por outros estados e regiões do Brasil, principalmente em competições.


Polícia apreende 11 motocicletas durante etapa de motocross em MS

Redação MX Racing - Informações: Hélder Rafael / G1 - Fotos: Divulgação / PRF

Veículos são recolhidos por falta de nota fiscal, chassi adulterado ou duplicado; CBM alega falta de informação sobre lei que isenta de impostos motocicletas importadas.

Era para ser mais uma etapa do circuito estadual de motocross em Maracaju, sul do estado. Pilotos de várias cidades e até do interior de São Paulo preparavam seus equipamentos para ganhar a pista quando os boxes foram subitamente fechados por policiais rodoviários e fiscais da Receita Federal, no último dia 20 de julho. A operação conjunta resultou na apreensão de 11 motocicletas, a maioria por falta de nota fiscal. Dois veículos tinham a mesma numeração do chassi, enquanto que outro apresentou suspeita de adulteração.

A ação policial durante o evento esportivo pegou todos de surpresa, inclusive o presidente da Federação de Motociclismo de Mato Grosso do Sul (Femems), André Azambuja, que estava no motódromo e viu a apreensão. O dirigente relata que os fiscais averiguavam se havia motocicletas contrabandeadas no local. "Chegaram lá, fecharam o box e revistaram as motos. Quem estava sem nota eles pegavam mesmo, colocavam no caminhão para levar embora. Eles bateram lá do nada, nunca vi isso acontecer em 15 anos trabalhando com motociclismo."

Pilotos que tiveram as motocicletas apreendidas não competiram e receberam de volta o valor pago pelas inscrições. O dirigente da federação afirma que devolveu R$ 2,1 mil aos competidores. As provas acabaram sendo realizadas em Maracaju, mas a operação deixou muita gente apreensiva, segundo Azambuja. Tanto que a próxima etapa, programada para 3 de agosto em Paranaíba, foi adiada.

De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), o foco da ação era verificar motocicletas com suspeitas de irregularidades. Além das apreensões, outros 40 veículos tiveram a documentação coletada para verificação junto à Receita Federal. A polícia deve estender esse tipo de operação para outros estados do país.

A grande maioria das motocicletas usadas em competições no país é importada do exterior, e o preço do equipamento pode chegar a R$ 40 mil com impostos. Mas uma lei federal sancionada em 2012 e que isenta de impostos os materiais esportivos importados é a esperança da comunidade de motociclistas, principalmente para afastar o risco de problemas com o fisco.

O presidente da Confederação Brasileira de Motociclismo (CBM), Firmo Henrique Alves, acredita que faltou informação sobre essa lei e que a fiscalização não tinha motivos para ocorrer.

"Entendo que foi uma fiscalização indevida, porque existe uma lei nesse sentido. Penso que houve falta de informação nesse caso. Isso só atrapalha o esporte, e em tantas outras modalidades só se trabalha com equipamentos importados. Nós, da confederação, já solicitamos uma reunião com o secretário-geral da Receita Federal, em Brasília, para tratar desse assunto, e esperamos que em pouco tempo seja resolvido."

André Azambuja lamentou a apreensão e defendeu a categoria. "Os caras são todos atletas de moto, não tem contrabandista ali. Motocross é uma família, todo mundo se conhece."

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