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segunda-feira, 17 de novembro de 2014

PT estadual vai expulsar “infiéis”

Foto: BlogImagem - Por Ayrton Maciel, do Jornal do Commercio
O PT de Pernambuco anuncia, nesta segunda-feira (17), a expulsão, suspensão ou advertência de mais de 100 petistas acusados de infidelidade partidária nas eleições estadual e presidencial deste ano. A resolução da direção está pronta e será lida na reunião da Executiva, a partir das 18h, prolongamento do encontro de terça (11), convocado para a tomada de decisões e de medidas contra os “infiéis”. Uma expulsão em massa é um fato inédito no PT estadual. Em 34 anos de fundação, há só os registros de expulsão do ex-deputado Nelson Pereira, de Mirandiba (agora no PC do B), por ameaça a um dirigente, e de um vereador de Olinda.

Na resolução que será divulgada hoje, a expulsão – medida mais extrema do estatuto e do código de ética – atingem dirigentes estaduais e municipais, três prefeitos, um vice-prefeito, uma ex-vice prefeita e vereadores. Oficialmente, o estatuto do PT não permite expulsão coletiva (desfiliar em massa), ao estabelecer que os casos – mesmo em único episódio – sejam julgados individualmente e se avalie o grau de responsabilidade de cada um.

Historicamente omisso aos casos de infidelidade, o PT decidiu agora não se repetir ao pesar as perdas nas eleições majoritárias (chapa Armando/João Paulo) e proporcionais (apoio a candidatos de outras alianças) deste ano.

Por isso, o PT resolveu agir sem perda de tempo. Os enquadrados terão prazo de dez dias para a defesa. Alguns, por relação pessoal, estão sendo aconselhados a pedir para sair. “Há um consenso interno. É um caso tão sério que não tem sido abordado fora do PT. O sentimento das forças (facções) e da base é que não há outro caminho que não a expulsão. Tem gente que acha que por ter declarado voto em Dilma está salvo. Não tem escapatória”, confidenciou um dirigente.

Procurada pelo JC, a presidente Teresa Leitão confirmou a resolução, mas disse que o PT tomou a decisão com critérios e pelo estatuto. “Tivemos o cuidado de não adotar procedimento que permita questionamento legal”, resumiu a deputada.

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