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terça-feira, 24 de maio de 2016


247 - Em reunião nesta segunda-feira (23), o comando nacional do PV decidiu pela postura de independência em relação ao governo interino de Michel Temer (PMDB). No encontro, foi defendido ainda o licenciamento do ministro Sarney Filho do partido caso ele decida seguir à frente do Ministério do Meio Ambiente. A cúpula nacional da legenda, contudo, concluiu que a nomeação do deputado federal foi uma escolha pessoal do presidente interino e, portanto, não cabia a deliberação.

O pedido de licença do ministro chegou a ser defendido na tribuna do Senado Federal por Álvaro Dias (PV-PR). Segundo ele, o PV não apoiou a chapa vencedora nas eleições presidenciais de 2014 e, portanto, deve seguir a fazer oposição a Michel Temer.

"Nesta circunstância, mais importante que ocupar um cargo no governo é exercer a fiscalização. O país necessita nesta hora de fiscais, porque a cultura política brasileira é a do adesismo fácil e é o que se verificou nos últimos dias com muitos correndo desesperadamente para a sombra do poder", criticou.

Em linha diferente, o líder do PV na Câmara dos Deputados, Evandro Gussi (SP), afirmou que o partido continuará apoiando o trabalho de Sarney Filho no governo federal. Ele ressaltou que não foi a legenda quem indicou o ministro e acrescentou que a sigla continuará votando a favor de temas de interesse do país.

O partido possui bancadas pequenas tanto na Câmara dos Deputados como no Senado Federal: seis deputados federais e apenas um senador.

O Palácio do Planalto reconheceu que a decisão do PV é irreversível, mas atua para evitar a saída de Sarney Filho do Meio Ambiente e o afastamento do partido do governo federal, sobretudo diante da preocupação em aprovar no Congresso Nacional medidas econômicas.

Postado por Jairo Gomes

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