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quinta-feira, 8 de junho de 2017

Coluna da quinta-feira

   Um julgamento sem fim

Os ministros do Tribunal Superior Eleitoral decidiram estender por todo o dia a sessão de hoje do julgamento da chapa Dilma-Temer prevista inicialmente para os períodos da manhã e da noite. Com a decisão, a sessão se iniciará pela manhã e deverá terminar somente à noite. Se necessário, decidiram também os ministros, haverá sessão amanhã.
O presidente do TSE, ministro Gilmar Mendes, disse que comunicará à presidente do Supremo Tribunal Federal, Cármen Lúcia, da ausência dos três ministros do TSE que também integram o STF (o próprio Gilmar Mendes, Luiz Fux e Rosa Weber) na sessão do Supremo marcada para as 14h de hoje.
Os ministros do TSE também chegaram a cogitar a possibilidade de abrir mais uma sessão na noite desta quarta, mas a ideia foi descartada a pedido do relator, Herman Benjamin, que disse ainda estar se recuperando de um problema respiratório. Ao final da sessão, Gilmar Mendes confirmou a realização de sessão de hoje, a partir das 9h. Haverá interrupção para o almoço, com retomada prevista para as 14h.
Ele também já convocou sessões para amanhã, também de manhã até a tarde. Por fim, disse que, se necessário, também poderá marcar sessões para sábado. Nesta quarta-feira, os ministros deram continuidade à análise das chamadas "preliminares" (questionamentos das defesas), iniciada no dia anterior, e o ministro Herman Benjamin, relator do caso, começou a apresentar seu voto.
FARPAS– Em mais um episódio da troca de farpas que marcou a sessão de ontem do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o ministro Herman Benjamin afirmou ao presidente da Corte, Gilmar Mendes, que prefere o "anonimato", em vez da fama. O relator da ação que pede a cassação da chapa Dilma Rousseff-Michel Temer fez a afirmação em resposta a uma observação do presidente do TSE. Pouco antes, Gilmar Mendes havia dito ao colega de tribunal, em tom irônico, que Herman Benjamin devia a ele o fato de estar "brilhando na televisão no Brasil todo".
Candidatos a réu – 
Ainda sem partido, o deputado Carlos Eduardo Cadoca vem batendo num ponto crucial para a sobrevivência da classe política: a reforma do sistema eleitoral e dos mecanismos de financiamento de campanha para a próxima eleição, em que está em jogo a renovação do Congresso. É dele a frase que repercute intensamente nas redes sociais e na mídia nacional: “Se nada for feito nas regras da próxima campanha não seremos candidatos a deputado, mas a réu”. Em tempo: os contratempos do caixa dois já levaram dois ex-presidentes da Câmara para o xilindró.



Direto para o plenário– O presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), disse, ontem, que a proposta de reforma trabalhista enviada pelo governo federal poderá ser levada ao plenário do Senado sem que o texto seja votado na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Quando o projeto chegou ao Senado, Eunício determinou que o tema fosse analisado pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) e também pelas comissões de Assuntos Sociais (CAS) e Constituição e Justiça (CCJ). A reforma foi aprovada na CAE nesta terça (6) por 14 votos a 11, depois de reunião com cerca de 9 horas de duração.
A favor da debandada– Considerado um dos nomes mais influentes na ala jovem do PDSB, o deputado federal Daniel Coelho não vai participar da reunião da executiva nacional do partido, amanhã, em Brasília, quando a legenda decidirá se fica ou sai da base aliada do Governo Temer. O parlamentar viajou hoje para a Coreia onde participará de um evento sobre cidades sustentáveis. "Não vou estar, mas deixei meu voto por escrito e assinado. Defendo a entrega de cargos e o apoio às pautas importantes para o país". De acordo com Coelho, o ideal é que o PSDB não faça parte da base, mas vote projetos de relevância nacional sem fazer oposição a Temer.
País funciona– 
O otimismo sobre a economia brasileira dominou o discurso do ministro da Fazenda do Brasil, Henrique Meirelles, ontem, primeiro dia da edição de 2017 do Fórum da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Entretanto, a crise que vive o país foi um assunto evitado. "O Brasil continua a funcionar independente de discussões de ordem política", disse. Meirelles está em Paris para participar fórum da organização na qual o Brasil tem status de país associado.

CURTAS
DANIEL NO PSL– O que se diz nos bastidores em Brasília é que o tucano Daniel Coelho está de malas prontas para embarcar no PSL, partido no Estado comandado pelo ex-deputado federal Luciano Bivar. Não se trata de nenhuma surpresa a sua escolha partidária: Sérgio, filho de Bivar, foi vice de Daniel na campanha passada pela Prefeitura do Recife.
LANÇAMENTO– A Polícia Federal informou que o ex-deputado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR), ex-assessor do presidente Michel Temer, foi transferido na tarde de ontem da Superintendência da PF em Brasília para o Presídio da Papuda, na capital federal. Rocha Loures foi preso preventivamente no último sábado (3). Em março, ele foi flagrado pela PF recebendo em São Paulo uma mala com R$ 500 mil.
Perguntar não ofende: A reforma trabalhista passa fácil no Senado?

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