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terça-feira, 6 de junho de 2017

Prefeitos das cidades do polo de confecções participam com Governado da criação do Bope que vai contar com 300 homens treinados para situações 'graves' em Pernambuco

O governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), assinou, nesta terça-feira (6), um decreto para a criação do Batalhão de Operações Especiais (Bope). Com emprego em todo o estado, o efetivo contará com 300 homens treinados para atuar em situações agudas como assaltos a bancos e sequestros. 

A previsão é de que a tropa esteja formada e pronta ainda no segundo semestre deste ano. "Ele vai atuar em todo o estado de Pernambuco em eventos graves formados por grupos criminosos organizados. Será uma tropa qualificada, de alto nível. Você vai ter pessoal especializado em gerência de crise, para atuar como interlocutor em caso de sequestro, de tomada de reféns. O Bope também vai integrar o grupo de ação contra assaltos a bancos no estado", pontuou o secretário de Defesa Social, Ângelo Gióia.

Ainda segundo o secretário, o treinamento será feito no próprio estado. O armamento e munição usados pelos policiais serão importados e, há ainda, a aquisição de dois helicópteros para o batalhão. Ao todo, serão gastos cerca de R$ 290 milhões para a compra desse armamento e equipamentos.


Dos 300 homens que serão empregados, 100 já foram selecionados. Eles atuam na Companhia Independente de Operações Especiais (Cioe), que trocará de nome, receberá um treinamento especial e passará a se chamar Bope. A gratificação repassada também será diferenciada dos demais batalhões da Polícia Militar. Todavia, o secretário preferiu não tratar, por hora, dos valores.

Violência - Sobre o alto índice de homicídios no estado, Gioia afirma que o batalhão não foi criado e não tem por função combater os assassinatos. Entretanto, garante que a atuação da tropa refletirá numa queda dos homicídios.

"O Bope, como é uma tropa de emprego tático, vai atuar em relação a outras práticas de crime que, eventualmente, toca nos homicídios porque tem homicidas que atuam em latrocínio, que sequestram, que atuam em tráfico de drogas. Então, uma tropa dessa sempre agrega", completa.

Antes de assinar o decreto, o governador esteve reunido com seis prefeitos do Agreste do estado. Na pauta, a segurança pública na região. Sentados na mesa estavam os representantes municipais Edson Vieira (PSDB), de Santa Cruz do Capibaribe, Antônio de Roque (PMDB), de Jataúba, Hilário Paulo (PSD), de Brejo da Madre de Deus, Lero (PR), de Taquaritinga do Norte, Edílson Tavares (PMDB), de Toritama, e Romero Leal (PSDB), de Vertentes.

Os prefeitos das seis cidades representaram um total de 18 municípios que integram o Consórcio Intermunicipal do Agreste de Pernambuco. De acordo com o presidente do grupo, o prefeito de Santa Cruz do Capibaribe, Edson Vieira (PSDB), o governador prometeu um maior emprego de policiais e viaturas nas áreas.

"A questão do assalto está predominante e nós estamos preocupados porque essa é uma região que tem um polo de confecção muito forte. Nós estamos também no período de festas juninas, que faz com que a economia fique aquecida. Estamos preocupados, mas confiantes que o governo vai se comprometer com esse reforço no policiamento", apontou Vieira.

Do G1 PE

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