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segunda-feira, 18 de julho de 2011

Balanço mostra que mais de 4 mil pessoas estão desabrigadas

Em sete municípios paraibanos o número de desabrigados já é de aproximadamente quatro mil pessoas. O levantamento foi realizado pelo Paraíba1 com os primeiros dados coletados pela Defesa Civil Municipal e Corpo de Bombeiros. O governador Ricardo Coutinho decretou situação de emergência em 26 municípios paraibanos e esteve reunido com prefeitos para tomar conhecimento da situação de cada um. Ricardo deve ir ainda hoje a Brasília em busca de recursos.




Em João Pessoa cerca de 520 pessoas estão desabrigadas por conta das chuvas. Em Bayeux, são 300 e em Pilar esse número é de cerca de 920 desabrigados. Já nos municípios de Gurinhém e Mulungu são mais de mil que são castigados após as chuvas. Entre os municípios mais castigados Rio Tinto, com 500 desalojados e Ingá 350.

Ruas em Rio Tinto


Em Rio Tinto as ruas ficaram alagadas e canoas foram utilizadas pelos moradores



Em Puxinanã, uma bebê morreu após o desabamento de casa. Em Campina Grande, uma criança está desaparecida.



Chuva



Nos últimos 18 dias já choveu 63,5% acima da média na Capital, segundo os dados da Agência Executiva de Gestão das Águas do Estado da Paraíba (Aesa). Da última sexta-feira (15) até hoje choveu 142,4 mm. O esperado para o mês de julho era 236,6mm, mas o acumulado foi de 386,9mm.



Em Campina Grande, já choveu 187% acima da média prevista para julho. Durante o fim de semana o açude de Bodocongó transbordou. Veja imagens.



Por conta da chuva, cerca de 130 famílias de bairros como Grotão, Geisel, Castelo Branco, Alto do Mateus e Três Lagoas tiveram que deixar suas casas que fazem parte das 31 áreas de risco monitoras pela Defesa Civil. Em Cruz das Armas e na comunidade São Rafael foram registrados desabamentos.



O engenheiro da Defesa Civil, Alberto Sabino, explicou que a maioria das vítimas é classificada como desabrigadas temporárias. “A maioria é vítima de alagamento e por isso quando a água diminui elas podem retornar para as suas casas”, explicou.



Mais desabrigados



A major Josilene Tavares, do 3ª Batalhão da Polícia Militar do Corpo de Bombeiros em Guarabira, explicou que dos 53 municípios atendidos, os que apresentam situação mais crítica são Gurinhém e Mulungu. Nesse dois municípios 1.200 estão desabrigadas, sendo 400 de Gurinhém e 800 de Mulungo. Os desabrigados foram encaminhados para colégios, paróquias, creches e também para casas de familiares. O prefeito de Mulungu, José Leonel, disse que o rio Mamanguape transbordou e alagou as ruas da cidade.



A prefeita de Pilar, Virgínia Veloso, disse que 230 famílias cerca de 920 pessoas estão desabrigadas. "Parecia uma tsunami. O rio é pequeno mas levou cinco casas. Levou tudo. Não ficou nenhuma parede", lamentou



Já em Bayeux, o tenente Ranieri disse que as equipes do Corpo de Bombeiros ainda estão coletando os dados dos prejudicados pela chuva, mas cerca de 300 pessoas estão desabrigadas.



Previsão



A previsão da meteorologista Marle Bandeira, da Aesa, é de mais chuva nas próximas 48 horas no Agreste, Brejo e Litoral paraibano. “Houve redução da nebulosidade e por isso a previsão é de pancadas de chuva nessas regiões”, explicou.



Açudes



Dos 121 açudes monitorados pela Aesa 27 estão sangrando na Paraíba. Em 2011, 70 açudes atingiram seu volume máximo. Isnaldo Cândido da Costa, gerente regional de bacias hidrográficas, disse que o reservatório de Acauã, em Itatuba, está com lâmina de 1m10. “O volume de água que ele recebeu foi muito grande, principalmente da região de Campina Grande”, afirmou.



O engenheiro alertou ainda para o perigo das pequenas barragens no entorno de Campina Grande. “O maior problema são essas barragens que não têm a devida manutenção e podem romper”. Isnaldo não soube precisar quantas barragens desse tipo existem na região, mas afirmou que as equipes da Aesa visitaram cerca de 70 barragens de pequeno porte na Paraíba para alertar sobre o risco de rompimento.

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