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terça-feira, 28 de junho de 2016

Esposa de João Santana fala demais, complica a situação da Odebrecht e coloca o PT numa fria

Presa na Operação Acarajé (23ª fase da Operação Lava-Jato) a esposa de João Santana, Mônica Cunha Moura começou a dar pistas do esquema de corrupção do qual faz parte a construtora Odebrecht, cujo presidente Marcelo Odebrecht, encontra-se preso, em Curitiba

No depoimento que prestou à força-tarefa da Lava-Jato, na última quarta (24), Mônica Moura, que é sócia do marido, disse à PF que a Odebrecht pagou, em 2011, as despesas da campanha à reeleição do presidente da Venezuela, o defunto ditador Hugo Chávez.
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O custo de propaganda da campanha de Chávez foi de US$ 35 milhões, sendo “grande parte do valor foi recebido de maneira não contabilizada”, afirmou a depoente.

Moura também afirmou que os valores pagos pela Odebrecht no exterior giraram entre 3 a 4 milhões de reais, mas a investigação aponta que a empreiteira repassou ao menos US$ 3 milhões, através da offshore Klienfeld.

Mônica Moura pode até bancar a vítima diante das autoridades, mas é preciso ressaltar que foi a partir de um bilhete manuscrito por ela própria que a PF deu início às investigações que culminaram na Operação Acarajé.

As declarações de Mônica Moura à PF não convencem, além de representarem um fator complicador de múltiplas direções. A primeira delas é que a situação da Odebrecht tornou-se ainda mais frágil com a revelação de que a empresa pagou parte da campanha de Chávez através de caixa 2. O que reforça as suspeitas da PF de que parte do dinheiro pode ter sido distribuída a políticos no Brasil.

A segunda complicação é que o valor cobrado do presidente angolano, mostra o mesmo pode ter ocorrido em termos de redistribuição de recursos e coloca os candidatos petistas em situação de dificuldade.

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