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| DNA de suspeitos de abusos sexuais está ajudando investigações da polícia há quatro anos. Foto: Natasha Montier/GOVRJ |
Pernambuco conta atualmente com um banco de dados formado por quase 700 amostras de DNA de acusados de crimes sexuais. A quantidade expressiva é resultado de quatro anos de trabalho, quando o Estado tirou do papel o Laboratório de Perícia e Pesquisa em Genética Forense. O banco com as amostras está sendo um forte aliado da Polícia Civil para elucidar vários casos de estupros registrados nos últimos meses na Região Metropolitana do Recife. No mês passado, a polícia anunciou uma força-tarefa para reforçar as investigações na capital. Em média, uma mulher é vítima de abuso sexual a cada seis horas.
De acordo com a Gerência Geral de Polícia Científica, responsável por coordenar os trabalhos realizados pelo Laboratório de DNA no Estado, foram coletadas até hoje amostras referentes a 691 casos relacionados a crimes sexuais. Uma média de 163 DNAs por ano. Em cada um desses casos, também foram coletadas amostras da vítima do abuso para realização do confronto genético.
As amostras de suspeitos, encaminhados pela autoridade policial e/ou judiciária, são processadas para traçar o perfil genético e fazer comparações específicas com os casos mencionados pelas autoridades. As amostras dos condenados (não só os estupradores, mas também os demais condenados elencados na Lei nº 12.654, de 28/05/2012) são processadas e, os perfis genéticos obtidos, também são inseridos no Banco Nacional de Perfis Genéticos (CODIS).
Ao Ronda JC, a Secretaria de Defesa Social pontou que o trabalho realizado pelo Laboratório de DNA não só contribuiu como prova para a identificação de vários acusados de abusos sexuais, mas também serviu para inocentar várias pessoas até então apontadas como suspeitas de tais crimes.
Referência
Apesar de ainda permanecer em uma sede provisória, baixo orçamento e com poucos profissionais atuando na área, o Laboratório tem conseguido resultados satisfatórios. Nos últimos anos, o trabalho contribuiu para solucionar crimes de estados como o Maranhão, Piauí, Alagoas e Sergipe.

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