.

sábado, 11 de maio de 2013

Agrestina lidera o segmento de produção de confecção feminina

A produção têxtil continua impulsionando a economia do Agreste pernambucano. Por ano, o Polo de Confecções situado na região produz 842,5 milhões de peças, sendo 64,5% provenientes das empresas e 35,5% de empreendimentos complementares, as facções. Os dados fazem parte do Estudo econômico do arranjo produtivo local do Polo de Confecções do Agreste de Pernambuco 2012, realizado pelo Sebrae Pernambuco.

Na última vez que o levantamento foi realizado, em 2002, apenas três municípios eram tidos como produtores: Caruaru, Toritama e Santa Cruz do Capibaribe. Eles ainda respondem por 77% das unidades produtivas, mas o mapa do Polo de Confecções foi redesenhado. Hoje, além desses locais, as produções também são realizadas em Brejo da Madre de Deus (7,4% do total), Taquaritinga do Norte (6,3%), Surubim (2,4%), Riacho das Almas (2,2%), Vertentes ( 2,1%), Agrestina (1,6%) e Cupira (0,7%).

De acordo com os dados do Sebrae, no ano passado essas localidades abrigavam 18.803 unidades produtivas, gerando emprego e renda para 107.177 pessoas. A movimentação financeira, com base em 2011, é estimada em R$ 1,1 bilhão. Uma tendência entre as unidades produtivas são os empreendimentos complementares (facções), que respondem por uma fatia expressiva dos estabelecimentos: 8.060, do total de 18.803 fabricantes contabilizados.

“O polo ainda é um importante fator de geração de riquezas para o estado. Além do forte poder de geração de emprego e renda, é importante destacar que 62% dos empregos são ocupados por mulheres. Além disso, 78% dos empregados têm entre 18 e 40 anos. Ou seja, os jovens estão empregados”, afirmou o superintendente do Sebrae-PE, Roberto Castelo Branco.

O carro-chefe da produção pernambucana é a moda feminina. Dos dez municípios pesquisados, oito são focados neste tipo de produto. Agrestina lidera nesse segmento (82% da produção). O ranking é composto ainda por Santa Cruz do Capibaribe (72%) e Taquaritinga do Norte (51%).

A maior parte da produção de peças do polo tem como destino os estados do Nordeste (74,9%), com Pernambuco como principal consumidor (31,3% das vendas). Bahia (15%) e Paraíba (10,5%) vêm em seguida na lista.

Concorrência com chineses contribui para informalidade

A informalidade é um entrave para o crescimento das empresas que compõem o Polo de Confecções do Agreste de Pernambuco. Das 10.743 empresas analisadas pelo estudo do Sebrae-PE, 66,4% são informais e 33,6% formais. No caso dos empreendimentos complementares, 93,2% estão na informalidade e apenas 6,8% são formais.

“Ao longo dos anos percebemos uma evolução no número de formalizações. Na pesquisa de 2002, quando analisamos apenas três municípios, 91,8% deles eram informais, então, tivemos um avanço. Mas este ainda é um desafio. A informalidade fragiliza o crescimento do polo”, ressaltou o superintendente do Sebrae-PE, Roberto Castelo Branco.

A concorrência com os produtos estrangeiros, principalmente os chineses, também foi apontada pelos entrevistados como um entrave ao desenvolvimento. “A disputa é desleal, porque a carga tributária deles é muito menor do que a nossa. É aí que entra a necessidade de uma redução tributária, que também foi um ponto fraco indicado no estudo”, enfatizou Castelo Branco.

A questão ambiental é outro ponto que preocupa os empresários. Para amenizar esta questão, o Sebrae está estudando a implantação do Selo Verde para as lavanderias da região, que atestaria a utilização de procedimentos sustentáveis como, por exemplo, o reuso da água e a adoção de procedimentos para adequação de produtos químicos e biológicos.

“Estamos em busca de uma empresa certificadora. Enquanto não encontramos, realizamos o trabalho de consultoria e de orientação às empresas da região”, explicou a gerente da Unidade de Negócios do Agreste Central e Setentrional, Débora Florêncio Maciel.

As informações são do Diário de Pernambuco

Nenhum comentário:

Postar um comentário