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segunda-feira, 25 de março de 2013

DESTAQUES DO INALDO


A presidente Dilma Rousseff desembarca hoje em Serra Talhada para inaugurar a primeira etapa da adutora do Pajeú. Viria também a São Lourenço, para inspecionar a duplicação de uma BR, porém à última hora cancelou a visita. Alegou que recebera convite do governador do Rio, Sérgio Cabral, para assistir a uma missa pelas vítimas das chuvas em Petrópolis. E, com isso, cancelou também o almoço que teria na casa do governador (e seu provável opositor em 2014) Eduardo Campos.
Pode até não ter sido proposital, mas “missas” têm sido usadas por muitos políticos quando querem se ver livre de um compromisso indesejável. O próprio governador recebeu convite para ir a São Paulo, em meados de fevereiro, para participar da celebração dos 33 anos de fundação do PT e dos 10 em que o partido se encontra à frente do governo federal. Mas como não queria ir alegou que naquela data tinha que estar em Caruaru para a missa de 7º dia do ex-deputado Fernando Lyra.
Haveria uma segunda missa, no Recife, no dia seguinte, à qual o governador poderia comparecer. Mas a de Caruaru foi o pretexto para não encher a bola de um partido do qual ele procura se distanciar. Dilma agora o imitou. Se ela quisesse, de fato, mantera agenda de São Lourenço, bastaria ter pedido ao governador do Rio que marcasse a missa pelas vítimas de Petrópolis para as 19h em vez das 17h. Por aí se chega à conclusão de que, para se livrar de agenda indesejável, até missa serve.
Adutora 1 – O consórcio dos prefeitos do Pajeú estará hoje em Serra Talhada para pressionar Dilma Rousseff a licitar de imediato a 3ª etapa da adutora que levará água do rio São Francisco para os municípios da região. A 1ª que se inaugura hoje vai de Floresta até Serra Talhada.
Adutora 2 – A segunda etapa da adutora do Pajeú, que vai se Serra Talhada a Afogados da Ingazeira, já foi iniciada pelo Ministério da Integração Nacional.Os prefeitos querem pressa na 3ª etapa, que vai de Afogados a Itapetim passando por Tabira, São José do Egito e Brejinho.
A falência – Dilma vai aproveitar a passagem hoje por Serra Talhada para dar a ordem de serviço à construção de uma barragem no município de Ingazeira (leito do rio Pajeú). Esta barragem chegou a ser iniciada no governo FHC. Mas a construtora que venceu a licitação foi à falência (Incal) e o serviço ficou paralisado até a data de hoje. A bola agora está com o Dnocs.
A travessia – Ao assumir, publicamente, que seu partido (PSB) tem “mais afinidade” com Serra (PSDB) do que com muitos aliados do governo Dilma (Renan, Sarney, Romero Jucá, Eduardo Cunha, Valdemar Costa Neto e companhia limitada), Eduardo Campos iniciou a travessia que irá levá-lo a deixar a base governista para se candidatar a presidente da República pela oposição.
Pesquisa 1 – Embora tenha aparecido em duas pesquisas de opinião (Datafolha e Ibope) com 58% de intenções de voto para tentar conquistar o 2º mandato, Dilma não parece estar muito preocupada com a candidatura de Aécio Neves (PSDB)e sim com a de Eduardo Campos (PSB).
Pesquisa 2 – Dos três pré-candidatos de oposição (Marina, Aécio e Eduardo Campos), o que apresenta maior probabilidade de crescimento é o governador de Pernambuco porque é o “novo” da eleição. Marina já foi a “novidade” de 2010 e o senador não empolga sequer o PSDB.
Sem peças – Prefeitos de várias cidades de Pernambuco estão com as mãos na cabeça porque não há peças de reposição no mercado local para as retroescavadeiras que eles ganharam de “presente” do governo federal. Como as máquinas são de fabricação chinesa, alguns já falam em acionar a Embaixada do Brasil, em Pequim, para ver se ela consegue solucionar o problema.
A dureza – Pelas contas de Eriberto Medeiros (PTC), que é “expert” em matemática eleitoral, há 21 pré-candidatos a deputado federal em Pernambuco, hoje, com potencial superior a 100 mil votos. Isso leva à conclusão de que entre seis e oito deputados da safra de 2010 não conseguirão renovar o mandato.
A disciplina – O ministro Fernando Bezerra continua empenhado na manutenção da aliança PT-PSB, para a eleição presidencial, embora saiba que isso não ocorrerá. No entanto, jamais será um dissidente. Segue o PSB, qualquer que seja a decisão tomada, desde que lhe deem um lugar na chapa majoritária.

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