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domingo, 10 de março de 2013

O opositor de Eduardo é Aécio Neves

Caso venha a confirmar-se a candidatura do governador Eduardo Campos à Presidência da República em 2014, o adversário dele, hoje, não é a presidente Dilma Rousseff e sim o senador Aécio Neves, que concorrerá pelo PSDB. A eleição está com cara de dois turnos. E como a presidente Dilma tem lugar assegurado no segundo, o governador vai brigar com Aécio, e possivelmente com Marina Silva, para ser o outro finalista. Daí  ter que jogar duro para tirar o tucano do jogo.
Foi assim que ele comportou-se na eleição para o governo estadual em 2006. Além dele, havia mais dois candidatos: o então governador Mendonça Filho e o hoje senador Humberto Costa. Como não haveria perigo de Mendonça não estar presente no segundo turno, Eduardo digladiou-se com Humberto para ser o outro finalista e botou o petista para trás. É exatamente o que fará se porventura entrar no jogo da sucessão presidencial: eleger Aécio Neves como seu opositor imediato.
Na hipótese de chegar ao segundo turno, teria o apoio do senador tucano, até por exclusão, porque o PSDB não vota em Dilma. E o segundo turno é uma nova eleição, conforme se viu em Pernambuco em 2006. Eduardo obteve no primeiro turno menos de 30% dos votos válidos e mais de 60% no segundo. Não será uma parada fácil tirar o candidato do PSDB do segundo turno porque ele deve partir forte dos dois maiores colégios eleitorais do Brasil: Minas e São Paulo. Mas vai tentar.
Convite 1 – Roberto Freire convidou Eduardo Campos (PSB), Aécio Neves (PSDB), Marina Silva (Rede) e Fernando Gabeira (PV) para palestrarem na conferência nacional do PPS, marcada para o mês de abril, e todos confirmaram presença. É o jogo de 2014 tomando corpo.
Convite 2 – Roberto Freire convidou também o tucano José Serra para se candidatar pelo PPS a presidente da República no próximo ano, mas o ex-prefeito de São Paulo não topou. O desejo dele é atrapalhar Aécio em São Paulo, nas eleições do próximo ano, mas sem sair do PSDB.
Pacto 1 – Esteve no Recife, na última quinta-feira, para assistir a uma reunião de monitoramento do “Pacto pela Vida” o secretário de segurança pública do Rio, José Mariano Beltrame. Foi ele o idealizador das “Unidades de Polícia Pacificadora” do governo Sérgio Cabral (PMDB), que reduziu consideravelmente os índices de violência nas favelas da eterna “cidade maravilhosa”.
Pacto 2 – Assim como Wilson Damázio, nosso secretário de Defesa Social,  Beltrame também é delegado da Polícia Federal licenciado. Ele ficou surpreso com a presença do governador Eduardo Campos na reunião de monitoramento do “Pacto” e não só aprovou a política de combate à violência de Pernambuco como vai copiar muita coisa dela para implantar no RJ.
A ausência – O PT de Pernambuco não faz a menor questão de que a reunião solene que fará hoje no Hotel Jangadeiro, para celebrar os seus 33 anos, seja noticiada pelos jornais de amanhã. Do contrário, não a teria marcado para as 18h quando os jornais de domingo já estão fechados.
Todos lá – Terezinha Nunes (PSDB) convidou os três senadores e os 25 deputados federais de Pernambuco para a audiência pública que haverá na próxima 2ª, na Assembleia Legislativa, para debater os efeitos da MP dos Portos que retira do Governo de Pernambuco o controle de Suape.
As regras – Pelo menos uma coisa chama atenção na resolução aprovada pelo PDT que institui as normas para a convenção nacional marcada para a próxima 6ª feira no município de Luziânia (GO), perto de Brasília: o tamanho do seu diretório nacional. Ele será constituído por 318 membros titulares e 126 suplentes, totalizando 444 pessoas. É, seguramente, o maior do país.
A visita – Pelo que puderam observar ontem, nos municípios de Jati (CE) e Salgueiro (PE), os membros da comissão especial do Senado encarregada de acompanhar as obras de transposição do São Francisco se convenceram de que ela será mesmo inaugurada em 2015 como prometeu Dilma Rousseff.
O silêncio – Embora contrário à derrubada do veto de Dilma à nova lei dos royalties do petróleo, o senador Aloysio Nunes (SP) liberou a bancada do PSDB para votar como quisesse. Mas fez uma pergunta incômoda aos governistas: “Onde está o PT que não se manifesta em favor do veto da presidenta?”

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