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quarta-feira, 13 de abril de 2016


O ministro José Múcio sugeriu ontem aos prefeitos pernambucanos que sigam a cartilha que ele apresentou para não terem problema com os órgãos de controle

O ministro José Múcio (TCU) sugeriu ontem aos prefeitos que participam no Recife do III Congresso Pernambucano de Municípios que sigam a cartilha abaixo para não ter dor de cabeça quando passar o cargo ao sucessor: a) manter nos arquivos da prefeitura documentos relativos a todas as transferências que tiver recebido; b) providenciar os extratos das contas bancárias do período e a cópia dos cheques emitidos; c) prestar contas de tudo que puder durante a gestão. 

Se a execução estiver em andamento, apresentar uma prestação de contas parcial; d) arquivar na prefeitura cópia das prestações de contas que fizer e o respectivo comprovante de entrega; e) exigir da nova gestão o recibo de entrega de toda documentação, especificando-a de forma detalhada; f) manter no arquivo particular cópia dos documentos listados; g) caso o prazo de vigência de uma transferência vá expirar no final do mandato, solicitar prorrogação em tempo hábil.

Produto de prefeitos

Por sua condição de ministro do TCU, José Múcio Monteiro geralmente recusa convite para proferir palestra em ambientes políticos. Abriu uma exceção para a Amupe, que promove no Centro de Convenções um congresso de prefeitos e disse por quê: só é o que é hoje por causa de um grupo de prefeitos do PDS, que na eleição de governador em 86 exigiu que o candidato fosse ele. Perdeu para Miguel Arraes por 600 mil votos, mas virou um quadro político nacional.

Lealdade – Se Ney Maranhão foi fiel a Collor até a morte, a recíproca também é verdadeira. Collor nomeou-o seu assessor logo que chegou ao Senado em 2007 e nunca esqueceu os gestos de lealdade que recebeu do “senador boiadeiro”, que desceu a rampa do Palácio do Planalto em sua companhia após o impeachment de 92. Collor veio ao velório e ao sepultamento do amigo.

Cartilha – Por sugestão do prefeito Severino Otávio (Bezerros), a palestra do ministro José Múcio no congresso da Amupe será transformada em cartilha e enviada a todos os municípios.

Pai – Sílvio Costa Filho (PRB) ficou numa saia justa depois que seu partido rompeu com Dilma. O pai, na Câmara, é o maior defensor da presidente e o filho, sem querer, foi para a oposição.

Chicote – O “dono” do PR, Valdemar Costa Neto, está com um chicote na mão. Se Sebastião Oliveira e Anderson Ferreira votarem a favor do impeachment, os botará para fora do partido.

Nem aí – Luciana Santos não tá nem aí para a repercussão negativa que há em Olinda pelo fato de ser contra o processo de impeachment de Dilma Rousseff. Aparece regularmente nas inserções do PCdoB, do qual é a presidente nacional, fazendo a defesa do governo e da presidente, e chamando de “golpistas” os que estão do outro lado.

Aliança – Difícil dizer se Miguel Arraes estaria aliado ao DEM, PPS e PSDB em defesa do impeachment de Dilma Rousseff, tal qual o PSB de aliou. Se ele, por um lado, ele radicalmente contrário à corrupção, não se sentia confortável ao lado de políticos desses três partidos, a menos que a hegemonia fosse do PSB. Estaria, talvez, ao lado de Chico Buarque.

Transição – A Lei Complementar estadual nº 260/2014, de autoria da deputada Raquel Lyra (PSDB, que regulamenta a transição nos municípios e no Governo do Estado, foi elogiada ontem no congresso da Amupe pelo procurador de contas Cristiano Pimentel e o promotor de justiça Maviael Silva. Ambos ressaltaram a importância da lei para coibir o que se viu em 2013 em dezenas de municípios: roubo de documentos, de computadores, etc.

Ânimo – O prefeito de Catende, Otacílio Cordeiro (PSB), está animado com o desempenho da candidata à sua sucessão, “Danda de Otacílio”, escolhida por ele, a dedo, para enfrentar a ex-primeira dama do município Graça Braz (PRP) e o vice-prefeito Josibias Cavalcanti (PSD). Para atuar no marketing da campanha, o prefeito convocou o genro Artur Gonçalves, que é professor no Recife mas exerce uma grande influência na gestão municipal.

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