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quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

'Estou pronto para o debate', diz Aécio após desistência de José Serra

Após o ex-governador José Serra (SP) anunciar que não disputará a indicação do PSDB para ser candidato a presidente da República na eleição de 2014, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) apresentou nesta terça-feira (17), na Câmara dos Deputados, propostas para a disputa presidencial e defendeu uma “mudança definitiva” no Brasil.


Presidente nacional do PSDB, Aécio disse que está “ansioso” para debater com os brasileiros um projeto de governo. “Estou ansioso para encontrar com os brasileiros em cada canto do país e dizer: ‘Estou pronto para o debate’.”

Apesar de se dizer “pronto" e de ter apresentado os temas que o PSDB defenderá na campanha, o senador não quis se declarar candidato do partido à Presidência. Em entrevista à imprensa, após o discurso, ele afirmou que a decisão de José Serra de não disputar a eleição presidencial foi um “gesto de desprendimento”.
Estou ansioso para encontrar com os brasileiros em cada canto do país e dizer: ‘Estou pronto para o debate’."
Senador Aécio Neves (MG), presidente nacional do PSDB

“É um gesto na direção da unidade partidária. Só que o PSDB tem uma agenda e vai definir o momento de lançamento [do candidato] a partir da sua direção partidária, ouvindo cada um dos estados brasileiros. É um gesto de desprendimento do ex-governador”, afirmou.

Aécio Neves afirmou que o PSDB vai enfrentar “unido” a disputa eleitoral de 2014 e fará uma “oposição sem adjetivos”.

“Não está definida a candidatura do PSDB. O que posso dizer é que se eu for o candidato, serei o intérprete do sentimento de muitos [...] O que posso dizer é que a nossa unidade é real, para desalento de muitos de nossos adversários, o PSDB vai estar unido nas eleições.”

O tucano disse ainda ter certeza de que o partido chegará ao segundo turno nas eleições presidenciais. “Vamos apresentar um projeto claro de alternância, de eficiência na gestão pública. Um projeto ético e ousado e, por isso, vai ao segundo turno e vencer as eleições.”

Propostas.

Aécio disse que defenderá uma “reconciliação” do Brasil com o passado, sobretudo com os anos em que Fernando Henrique Cardoso governou o país.

“Subo na tribuna para propor uma mudança definitiva, que passe pela reconciliação dos brasileiros com a própria história. Não podemos ser passivos com a tentativa de alguns de reescrever a história, dizer que o Brasil começou em 2003”, afirmou, em referência ao ano de início dos governos do PT.

O senador tucano afirmou que FHC é o “maior estadista ainda vivo”. Para ele, o PT levou o Brasil a ficar “desacreditado” internacionalmente ao fazer o que chamou de “contabilidade criativa”. Segundo ele, a estabilidade econômica está em “risco”.

“Criamos a responsabilidade fiscal. Eles criaram a contabilidade criativa, que tem desacreditado o Brasil. A manipulação dos dados e a incompetência em controlar o Brasil fez com que a Petrobras perdesse 40% de seu valor de mercado”, frisou.
Aécio acusou o PT de querer dividir o Brasil. “Sei a dimensão do desafio, mas não temo em momento algum porque tenho a dimensão clara de que o Brasil precisa começar um novo ciclo. O Brasil não é vermelho e não é do PT, não é azul e não é do PSDB. É verde e amarelo e é de todos.”

O tucano prometeu fortalecer o Legislativo e dar autonomia aos governantes locais, para que prefeitos não precisem vir a Brasília com “pires na mão” em busca de investimentos do governo federal.

“Vamos fortalecer o Legislativo, que hoje está de cócoras para o Poder Executivo. [...] Eles ressuscitaram o coronelismo dos piores tempos”, afirmou.

Ele também defendeu compromissos com a proteção ambiental. “Queremos aumentar a produção e manter a sustentabilidade. Reduzir a queima de combustíveis fósseis e fontes poluentes.”

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