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sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Mais 2 menores são apreendidos em MT suspeitos de assassinar crianças

Irmãos de 8 e 9 anos foram mortos e os corpos jogados em rio, em Cáceres.
Ao todo, três menores e uma jovem de 19 anos são suspeitos do crime.

Um adolescente de 13 anos de idade e uma menina de 11 foram apreendidos na tarde desta quinta-feira (12) pela Polícia Civil por suspeita de envolvimento no assassinato de duas crianças na cidade de  Cáceres, região do Pantanal, distante 220 km de Cuiabá. Eles teriam ajudado no duplo homicídio e na ocultação dos cadáveres juntamente com o menor de 15 anos, que era primo das vítimas e já havia confessado o crime, e a namorada dele, de 19 anos, também presa.

Em entrevista ao G1, a delegada Mariell Antonini Dias disse que todos confessaram a participação no assassinato das vítimas, de 8 e 9 anos de idade, no dia 4 de dezembro. Os irmãos foram mortos há uma semana e os corpos foram encontrados boiando no Rio Paraguai, sendo que um deles foi esquartejado com o intuito de não ser encontrado. A delegada disse que havia desconfiado da participação de um terceiro suspeito no crime após depoimento prestado pela namorada do adolescente.

Mariell havia agendado uma acareação entre o casal nesta quinta, mas antes, a garota resolveu contar que havia mais uma pessoa envolvida no caso. “Eu ia encaminhá-la para o presídio feminino e decidi fazer a acareação. Comecei a conversar com ela [suspeita] novamente quando acabou dizendo que mais um menino havia ajudado a matar as crianças”, explicou.

Em seguida, policiais civis foram até a residência do menor e o levaram para a delegacia. Durante depoimento, o garoto confessou que teria ajudado a afogar uma das vítimas e ainda que, tanto ele como o outro adolescente estupraram as crianças mortas. De acordo com a delegada, o menino relatou com detalhes o crime dizendo que eles teriam levado para a margem do rio os corpos das crianças e os violentado. No depoimento, o garoto revelou a participação da quarta suspeita, a menina de 11 anos, que seria a responsável do grupo por segurar o irmão das vítimas, de 7 anos de idade, que também seria assassinado, mas conseguiu escapar.

Eles utilizaram um machado, um facão e um martelo, que estavam em uma casa abandonada próxima ao local. A intenção era esquartejar os dois irmãos, cortar as barrigas e colocar pedras para que afundassem e não fossem encontrados, mas, como perceberam que algumas pessoas estavam se aproximando, só deu tempo para fazer isso com deles.

“As crianças foram mortas e depois violentadas pelos adolescentes. Todos confirmaram a participação no crime e cada um deles declarou ter uma motivação para o ato. Porém, os quatro premeditaram o duplo homicídio e ainda anunciaram que não queriam deixar testemunha. A criança que sobreviveu a essa tragédia teve sorte”, observou a delegada.

O primo das vítimas disse à polícia que cometeu o crime para se vingar do tio dele, pai dos meninos. Ele contou que quando era criança o tio brigou com ele e que lhe teria lhe agredido, provocando um corte na cabeça dele. O adolescente foi encaminhado para Cuiabá.
Já a jovem declarou que não gostava das crianças e aceitou ajudar o namorado a cometer o duplo homicídio. Ela está grávida de dois meses e presa no presídio feminino da cidade.

O menor de 13 anos está na delegacia e deverá ser internado no socioeducativo de Cáceres. Em depoimento contou que o pai das vítimas teria roubado a bicicleta dele há alguns meses e, por isso, ajudou a matar as crianças. A menina de 11 anos apenas declarou que ajudou o grupo de amigos.

Entenda o caso
Inicialmente, quando o primeiro corpo foi encontrado, no dia 5, um dia depois do crime, o caso estava sendo tratado como afogamento. O corpo do garoto de nove anos estava com uma marca roxa no pescoço, mas o laudo constatou que a morte havia sido causada por afogamento. Já o segundo corpo foi localizado no dia 7. A cabeça, um braço e uma perna haviam sido arrancados.

No mesmo dia, o pai dos meninos levou o terceiro filho de sete anos até a delegacia, onde a criança detalhou cenas dos crimes e descreveu as roupas do autor, o adolescente de 15 anos.

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