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terça-feira, 21 de julho de 2015

Náutico reclama de tratamento diferenciado na mobilidade para a Arena Pernambuco

Foto: André Nery/JC Imagem.
Foto: André Nery/JC Imagem.
O Clube Náutico Capibaribe publicou em seu site oficial uma matéria com um claro teor de protesto contra o tratamento diferenciado do Governo do Estado na hora de solucionar os problemas de mobilidade nos jogos do clube. No texto há uma comparação entre as iniciativas tomadas para o jogo Náutico x Flamengo, na última quarta-feira (15) e Sport x São Paulo, no último domingo (19).
Falando na primeira pessoa do plural, portanto como se fosse a própria agremiação, a matéria pede que o Governo garanta transporte, organização de trânsito e segurança para a população acompanhar os eventos no equipamento construído para a Copa 2014. E depois se diz surpresa com a operação montada no último domingo.
“Foi com genuína surpresa que vimos o esquema especial de transporte e segurança para a Arena Pernambuco neste domingo 19. O Governo conseguiu a implantação de linhas especiais de ônibus e afirmou que o metrô funcionaria. Um esquema especial de segurança nas estações de metrô e nos arredores da Arena também foi implantado.”
Depois lembra da nota oficial soltada pela autoridade pública na quarta, onde há a sugestão para que o torcedor alvirrubro use os ônibus providenciados pelo próprio Náutico ou usasse táxi. E completa: “Uma vergonha para Pernambuco.”
Segue o texto completo:
Desde que transferiu os seus jogos dos Aflitos para a Arena, o Náutico, amarrado a um contrato de 30 anos assinado em 2011, reivindica algo básico: que o Governo do Estado, cumprindo seu dever para com os cidadãos, garanta transporte público, organização do trânsito e segurança para que a população possa ir à Arena e acompanhar os eventos.
Foi com genuína surpresa que vimos o esquema especial de transporte e segurança para a Arena Pernambuco neste domingo 19. O Governo conseguiu a implantação de linhas especiais de ônibus e afirmou que o metrô funcionaria. Um esquema especial de segurança nas estações de metrô e nos arredores da Arena também foi implantado.
A Direção do Náutico procurou então o Governo do Estado, na figura do vice-governador Raul Henry. A assessoria confirmou a intenção de discutir o esquema montado no domingo para implantá-lo em todos os eventos da Arena – inclusive nos jogos do Náutico.
No último jogo do Náutico na Arena, dia 15, o Clube precisou providenciar ônibus privados e firmou parceria com a 99Taxis para oferecer descontos nas viagens, para garantir o acesso do torcedor. Enquanto isso, o Governo se restringiu a emitir uma nota sugerindo que o torcedor, em outras palavras, “se virasse” com os ônibus do Náutico ou com taxis. Uma vergonha para Pernambuco.
Cientes da responsabilidade de nossos governantes, cremos que a mobilidade e a segurança garantidas neste domingo não podem ter sido um favorecimento especial a um Clube e seus torcedores. Sob risco de virar um elefante branco, a Arena Pernambuco precisa ser acessível sempre, em todos os eventos que sedia.
O que cobramos não é muito, não é extraordinário, não é privilégio: é reconhecimento de direitos. É o cumprimento da promessa feita pela Arena e Governo há quatro anos, quando então pediram ao Náutico para ajudar a dar utilidade ao magnífico e caro estádio construído para a Copa do Mundo. Nem precisam construir a Cidade da Copa planejada naquela época. Mas têm a obrigação de garantir acesso e segurança para que o equipamento possa receber público em todos os eventos. E não abrimos mão de reivindicar esse direito.
Comunicação CNC

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