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quarta-feira, 6 de janeiro de 2016



A instabilidade no abastecimento de postos de combustíveis na Paraíba tem feito com que a gasolina seja comercializada a preços exorbitantes no estado, como no Sertão, onde o litro produto é vendido por até R$ 10 por terceiros. O Ministério Público da Paraíba re reuniu da manhã desta terça-feira (5), com órgãos de defesa do consumidor e com o Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo da Paraíba (Sindipetro-PB), em João Pessoa, para tratar sobre o problema do desabastecimento, e abriu um inquérito civil administrativo para apurar por que está faltando combustível nos postos do estado.

Na cidade de Itaporanga (Sertão paraibano, a 420 km de João Pessoa), os valores cobrados pelo litro do combustível passam de R$ 7. Internautas relatam que chegaram a pagar R$ 10. O superfaturamento é feito pelos próprios moradores da região, que ao encontrar um posto abastecido compram grande quantidade visando revender o produto.

Ao Portal Correio, o proprietário de um posto de combustíveis da região, Marcus Antônio Bernardino, disse que o preço cobrado no estabelecimento é R$ 3,90. Porém, desde domingo não há mais gasolina disponível para venda no local. “Recebemos 10 mil litros no domingo e em menos de dez horas já tínhamos vendido tudo. Vou enviar caminhões para Suape e Guamaré, no Rio Grande do Norte, para ver se consigo trazer combustível. Ouvi relatos de gente que está revendendo gasolina por até R$ 7,50. Isso acontece tanto na cidade quanto na zona rural”, disse o empresário.

Na Capital - Nas redes sociais, internautas contam que estão com dificuldade de encontrar gasolina também em postos de João Pessoa e região metropolitana. "O problema em João Pessoa não é ter dinheiro para colocar gasolina, é encontrar combustível nos postos. Passei por cinco hoje e nada!", escreveu um usuário na rede social Facebook. "Aqui em Alhandra tá com um precinho camarada, R$ 3,81", ironizou outro internauta.

Preços altos - O Portal Correio também fez contato com estabelecimentos das cidades de Patos, Campina Grande e Guarabira. Gestores dos postos informaram que não verificaram problemas no abastecimento desde a última semana de 2015, quando houve atraso na entrega de combustível no Porto de Cabedelo. Mesmo com estoque, os preços cobrados nos postos continuam altos, devido à intensa procura, variando entre R$ 3,67 e R$ 3,81 nos estabelecimentos consultados.

Apuração - O diretor-geral do MP-Procon, promotor de Justiça Francisco Glauberto Bezerra avisou: “Vamos apurar e alcançar os culpados, pois sonegar combustível para a população é crime. Também vamos verificar se está havendo improbidade administrativa e viabilizar a cobrança de multa por danos morais e coletivos à população paraibana”.

Bezerra também anunciou que todas as 16 distribuidoras de combustíveis instaladas na Paraíba serão ouvidas até esta sexta-feira (8). “O desabastecimento afeta a economia do estado, afeta a saúde da população, a segurança de alimentos, a segurança humana, a segurança cidadã”, completou Glauberto Bezerra.

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