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quarta-feira, 12 de agosto de 2015

Pernambuco é vice em número de transplantes de coração e medula óssea

De janeiro a junho deste ano, a Secretaria Estadual de Saúde já contabilizou 111 transplantes de medula e 25 de coração, ficando atrás apenas de São Paulo
Neste ano já foram realizados 111 transplantes de medula óssea no Estado Foto: Reprodução/Internet
Pernambuco ocupa lugar de destaque no campo da medicina. Dados divulgados recentemente pela Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (ABTO) apontam o Estado como o segundo colocado no ranking nacional de transplantes de coração e de medula óssea. De janeiro a junho deste ano, a Secretaria Estadual de Saúde já contabilizou 111 transplantes de medula e 25 de coração, atrás apenas de São Paulo, que registrou 68 procedimentos de coração e 450 de medula. Ainda de acordo com o balanço semestral divulgado pela instituição, Pernambuco é o primeiro lugar no Nordeste e sexto do Brasil em números de transplantes de rim, com 170 procedimentos realizados somente no primeiro semestre deste ano.

Em todo o ano de 2014, foram realizados apenas 25 procedimentos de coração no Estado. O número registrado nos seis primeiros meses deste ano já representa um aumento de 150%. “Os números são resultado de um esforço conjunto das equipes de procura de órgãos, da Central de Transplantes, centros transplantadores e, acima de tudo, resultado de uma sociedade que está se conscientizando e perdendo o medo de doar”, avalia a coordenadora da Central de Transplantes de Pernambuco (CT-PE), Noemy Gomes.

Os resultados relativos a transplantes de medula também são vistos como positivos, embora sejam um pouco menores do que os números contabilizados no mesmo período do ano passado, quando foram realizados 113 procedimentos. A estudante Rebeca Ellen Anjos dos Santos, 16, está incluída na soma deste ano. Diagnosticada em 2013 como portadora de linfoma de hodgkin, um tipo de câncer que se origina nos linfonodos do sistema linfático, a garota já realizou dois transplantes de medula. Com sete meses do primeiro procedimento, Rebeca teve uma recaída. O socorro veio do próprio irmão.

“Fizemos o exame e deu compatível. Foi bem difícil porque não conseguiam mais mapear o DNA dela, mas graças a Deus deu tudo certo”, conta Jeane dos Anjos, mãe da garota. Oitenta e quatro dias após o transplante de medula, Rebeca comemora a nova chance. “Me sinto muito melhor e mais saudável após o procedimento. Agora não preciso mais fazer a quimioterapia”, afirma a estudante.

Pernambuco conta com dois grandes centros cirúrgicos para a realização de transplantes de coração pelo Sistema Único de Saúde (SUS): o Hospital Português e o Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira (Imip). As unidades hospitalares também oferecem os procedimentos de medula óssea gratuitamente. O serviço também é oferecido na rede particular, no Hospital Santa Joana e Memorial São José.

Para os especialistas, os números positivos dão novo fôlego para quem espera pelos procedimentos. “O transplante é uma nova esperança para o paciente. Através deles, muitas vidas são salvas”, opina a oncologista Monique Martins.

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