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quarta-feira, 21 de maio de 2014

João Fernando Coutinho: Uma política tacanha essa do PT

Risível essa nova inserção do Partido dos Trabalhadores no rádio e TV, “alertando” para uma suposta 

“volta dos fantasmas do passado”. Seria cômica, se não fosse trágica a estratégia de recolocar o medo no debate político. É equivocado, para dizer o mínimo, que um partido que foi tão perseguido num passado recente, que foi alvo da mesma artimanha na campanha de 2002, no embate contra o PSDB ­– quem não se lembra do “eu tenho medo”, de Regina Duarte –, adote, agora, essa linha de ação.

Diante da ameaça cada vez mais iminente de perder o poder que detém há 12 anos, o partido abandona o bom debate e parte para uma estratégia tacanha de apelação. A cinco meses da eleição, esse discurso demonstra a medida do desespero que toma conta dos cardeais petistas.

E realmente há motivo para tal desespero. Fato novo desta eleição, o pré-candidato do PSB, o nosso ex-governador Eduardo Campos, tem mostrado preparo e um projeto arrojado para o Brasil. Ele ainda luta contra o desconhecimento de parcela sensível dos eleitores, mas vem conquistando o seu espaço com o debate moderno, do olhar pra frente, necessário para o novo País, para uma nova política.

E esse desespero mostra que falta à presidente Dilma, na sua candidatura à reeleição, conteúdo e argumentos para se contrapor às propostas que vêm sendo discutidas pelos seus adversários. Contra a falta de ideias, a arma da pequena política é o terror e a desqualificação dos oponentes.

Quem preza pela democracia, quem lutou pelo restabelecimento do Estado democrático no Brasil, não deveria temer o debate político. Ao propagar o medo, o PT mostra que não consegue mais dar as respostas que o País precisa para voltar a crescer. Ao partir para o terrorismo, a legenda ignorou que campanha se faz em torno de propostas e ideias e que, fora dessa linha, o que se vê é desespero e falta de preparo.

Por fim, parece que o Partido dos Trabalhadores esqueceu das palavras do seu líder maior, Luiz Inácio Lula da Silva, que, após vencer a disputa em 2002, disparou: “A esperança venceu o medo”. E tudo caminha para vencer de novo, agora com Eduardo Campos.

Por João Fernando Coutinho / Deputado Estadual / PSB

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