Hoje, dia em que Eduardo Campos completaria 50 anos, a história de Pernambuco corre o risco de repetir-se como história mesmo, e não como farsa ou tragédia (contrariando o velho Marx). Em 92 o então candidato derrotado a governador, Jarbas Vasconcelos, rompeu com Miguel Arraes porque não chegaram a um acordo sobre a chapa PMDB/PSB à prefeitura do Recife. Jarbas, que a princípio rejeitava a candidatura alegando que, eventualmente eleito pela segunda vez, iria “repetir-se”, resolveu ir para a luta, mas não aceitou Eduardo Campos como seu vice. Foi selado o rompimento com Arraes, que voltaria ao governo dois anos depois (94). Em 98, porém, Jarbas se juntou ao PFL para enfrentar o ex-aliado e impôs-lhe uma derrota história, vingada pelo neto em 2010. Em 2012 resolveu voltar à Frente Popular para apoiar Geraldo Júlio à prefeitura, mas pode romper novamente com ela em 2016 para enfrentar o atual prefeito.
O “queremismo” está evoluindo
Não é só de aliados que Jarbas (PMDB) tem recebido apelos para disputar a PCR em 2016. O deputado Romário Dias (PTB) e o ex-vereador Sérgio Magalhães (PMN) foram ao escritório dele, na semana passada, fazer-lhe um apelo para se candidatar. E o ministro Armando Monteiro (PTB), mesmo não tendo falado com a mesma clareza, disse que o Recife precisa de um prefeito que trate também das “questões nacionais”, algo que Geraldo Júlio (PSB) não saberia fazer.
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